Ferreira narrando
Tava no banho agora, hoje tem baile vou me arrumar rapidão porque já era pra tá lá. Sai do banheiro com a toalha na cintura e fui até o guarda roupa procurando alguma coisa que me agradece, achei meu conjunto da Nike branco, que vai chegar encardido. Minhas roupas é tudo preto e branco se tiver cinco colorida é muito.
Me troquei rapidão colocando a bermuda e a camiseta, coloquei meu air max 90 no pé, umas correntinhas, passei perfume e troquei o brinco.
Peguei meu boné branco colocando ele pra trás e desci vendo a Aysha sentada no sofá mexendo no celular, tava toda de preto; a calça, a camiseta, o boné. O velório.
Ferreira: quem morreu Aysha ? - ela frangiu a sobrancelha me olhando sem entender.
Ferreira: é pow, tá de luto ai, toda de preto, morreu alguém ? - ela mostrou o dedo do meio.
Aysha: vá ti pra casa do caralho Amanda- levantou do sofá.
Ferreira: Amanda o socão que eu vou meter na tua cara - ela colocou a mão no peito.
Aysha: a mas se tá brava ? - ironizou e eu ignorei ela.
Ferreira: cadê a mãe ? - vi que por um milagre ela não tava assistindo novela.
Aysha: falou que ia deitar porque tá com dor de cabeça - minha mãe e essas dores dela do nada.
Ferreira: avisou pra ela que nóis ia sair ? - ela assentiu - então bora.
Tô afim de andar hoje não, fui até a garagem pegando a minha moto e a Aysha pegou a dela, dei de presente de aniversário pra ela, quando completou 17 anos mas ela só anda por aqui no morro mesmo, por ser menor de idade ainda.
A gente foi descendo as duas, rasgando mesmo, o som tava altão que dava pra escutar do outro lado da rua, cerca de uns 5 minutos a gente chegou, estacionei e fui entrando, abriram caminho e eu e a Aysha foi passando, subi direto pro camarote ficar aqui embaixo é horrível com esse povo tudo grudado.
Subi a escada e vi o Alemão e o Bahia juntos em uma mesa, conversando entre si.
Aysha: Eai, mulher de vocês chegaram não ? - sentou em um dos bancos que tinha ali.
Bahia: tenho mulher não Aysha - olhou pra ela negando com a cabeça.
Alemão: eu muito menos - Alemão e Rebecca é um caso que ninguém entende, uma hora tá junto na outra hora não tá mais, í fi maior confusão esses dois.
Fiz toque com eles e fiquei escorada na grade tendo a visão inteira de lá de baixo, Alemão puxou um papo e ficou os quatro trocando ideia, até o celular dele ligar a tela, mostrando que tinha alguma notificação.
Alemão: ai Ferreira, Rebecca tá perguntando se pode subir pro camarote, lá embaixo tá cheio pra caralho - falou enquanto digitava no celular.
Ferreira: poder, pode. Mas o grupinho da Raica tá aqui e eu tô ligada que as meninas não gosta delas, se vim de caô pra ficar fazendo confusão é melhor nem subir. - manda logo o papo porque eu conheço muito bem a Rebecca, tudo pra ela é motivo de mandar alguém ir tomar no cu. - ele assentiu com a cabeça e voltou a digitar.
Fiquei ainda escorada na grade olhando lá pra baixo e vi o bonde das maravilhas inteiro subindo as escadas mas foram barradas, levantei e fui até a escada aparecendo atrás do TH.
Ferreira: pode deixar eu liberei - na hora ele saiu da frente e as meninas subiram.
Puta que pariu, que desgraça de mulher linda da porra, tava com um vestido preto que desenhava o corpo dela inteiro, nem liguei pra quem tava ali, olhei de cima a baixo mesmo.
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A cada passo - romance sáfico
Romance📌 Rio de Janeiro, morro. {romance sáfico} início: 18/06/22