Capítulo 93

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Ferreira narrando
Capítulo 93

Acordei sentindo alguém me chacoalhando quase que eu caiu no chão parça, era a Alanny sentada de perna cruzada na cama, uma cara de cu do caralho.

Ferreira: oque que foi ? Que horas são parça ? Apaga essa luz - coloquei o travesseiro em cima do rosto tampando a claridade.

A gente chegou da praia era de noite e já foi direto dormi, agora é de madrugada e essa mulher me chamando.

Alanny: Amanda Ferreira - na hora eu levantei a cabeça, chamou pelo nome e o sobrenome já tem que ficar esperta. - eu tô enjoada cara.

Ferreira: enjoada de que maluca ? - sentei na cara passando a mão no rosto, catei o celular em cima da mesa de cabeceira, 4:39 da manhã. - olha a hora amor puta que pariu.

Alanny: de você - na hora eu frangi a sobrancelha pra ela - é sério Amanda, enjoei da tua cara tô quase vomitando, vai embora vai, amanhã vc volta aqui - eu comecei foi a ri.

Ferreira: tu tá ficando neurótica mané - cruzei os braços olhando ela que fez barulho de vômito.

Alanny: Sai Amanda sai - colocou a mão na boca e levantou da cama saindo de perto. - esse teu perfume enjoado, doce e ainda essa tua cara pra melhorar. - foi indo até o banheiro e eu pensei sinceramente de não ir atrás por conta da preguiça mas mesmo assim fui e fiquei escorada na porta dando risada da cara dela.

Ferreira: tu tá de caô com a minha cara só pode, enjoou de mim ? - ela assentiu passando a mão no cabelo, tava toda agoniada a mulher - e eu vou e te deixo aqui sozinha ? - eu nem a sério tava levando, me rachando de ri isso sim.

Alanny: vai logo embora daqui mano, tchau vai, amanhã se vem aqui - me empurrou pro lado e foi pro quarto deitar.

Ferreira: sas mulher é tudo maluca fi, só dor de cabeça - fechei a porta do banheiro e escovei os dentes e aproveitei pra tomar banho logo, perdi o sono mermo.

Fui saindo e peguei o chinelo embaixo da cama, joguei a camiseta no ombro já que mesmo de madrugada tava abafado.

Alanny: tu ainda tá aqui ? - Ninguém me avisou que mulher grávida é tão chata assim não mané, eu tô quase batendo a cabeça na parede e ficando doida te juro, aguento isso não.

Ferreira: tô vazando jaé ? Beijo - fui da um beijo na cabeça dela e ela se afastou, tô falando que ela é doida.

Alanny: tchau, beijo - embrulhou pé e cabeça e virou pro lado.

Sai de casa casa dando risada enquanto descia o morro, tô falando que essa mina não bate bem da cabeça, eu nem reclamo porque sei que ela tá grávida, e eu quis isso mais que tudo, posso nem reclamar se não ela quebra o espelho nas minhas costas, do jeito que ela tá maluca eu não duvido nada.

Mas nem me arrependo, metade do tempo é pensando quando essa cria vai nascer, tempo tá passando rápido mas pra mim parece uma eternidade, as meninas convenceram a gente de fazer esse tal chá revelação.

A Alanny falou que era melhor fazer um chá frauda, sei lá se esse é o nome certo mas é um bagulho assim, já logo falei que não, nóis que tem o fi e o povo que tem que gastar dinheiro com frauda, se louco aí também não né, aí tu é convidado pra esse negócio de frauda e tem que levar uma lista de coisa pro casal, ah sai fora mano.

Tá todo mundo falando que é mulher que até eu tô começando achar que é mesmo.

Bahia: tu acordada essa hora ? Milagre da porra - tomei maior susto, tava brisada pensando nos bagulho esse cara chega cortando minha onda.

Ferreira: tá maluco porra ? Tomei maior susto. - parei de andar olhando ele que tava brotando de um beco com uma sacola de pão na mão.

Bahia: tá devendo ?

A cada passo - romance sáfico Onde histórias criam vida. Descubra agora