Ferreira narrando
Capítulo 107
7:05 PMAysha: vocês tem que parar de querer me juntar com a Kiara, não aguento mais mano, a mina tá vivendo a vida dela e eu tô vivendo a minha e vai ser assim, se um dia a gente tiver que voltar a gente volta, enquanto isso para de querer ficar me empurrando pra ela, que bagulho chato, já faz 2 anos até eu já superei e vocês não - entrou no banco do carona batendo a porta do carro.
Alemão: Relaxa, ninguém vai tocar mais no assunto - relaxou as costas no banco de trás e eu fiz o mesmo.
Ferreira: se tivesse falado antes que não gostava, ninguém falaria nada - Fui pro banco de trás e o Bahia foi dirigindo.
Aysha: imagina ter que ficar sufocada toda hora com alguém te empurrando pra alguém que não rola mais, já não basta a mãe e agora vocês, da um tempo cara - apertou no botão subindo o vidro do carro. - E pra ser bem sincera, eu já não quero nada com a Kiara nunca mais na minha vida, nem sinto nada por ela.
O bom de conhecer irmã é que a gente se adapta e percebe quando ela tá falando a verdade ou mentindo, e nesse caso ela tava sendo totalmente sincera, parecia até que tava desabafando.
Ferreira: Assunto encerrado, ninguém mais vai falar disso - desliguei o celular e o alemão fez o mesmo entregando na minha mão, estendi pro Bahia e ele colocou no porta luvas.
Bahia: deixa pelo menos um ligado mas no modo silencioso, 'nois' não sabe o que pode acontecer então é melhor deixar de reserva - desligou o dele colocando no porta luvas também.
Só o da Aysha ficou ligado, 'nois' tava indo pra uma estrada de terra pegar os armamento que a japa tava trazendo, provavelmente não vai ser ela que vai entregar. Essa dai infelizmente todo mundo conhece, mas tenho que admitir que ela tem uma biografia fascinante. Acredito que seja o narcisismo que a guia por todo seu caminho de delinquência no crime, a única pessoa que ela admira é ela mesmo, É um ser frio e manipulador totalmente direcionado por uma ambição cega.
Eu cresci com ela, e mesmo assim não consigo identificar quando ela tá manipulando alguém ou só agindo da maneira que ela é, a inteligência que ela tem chega a ser perturbadora. Enquanto você tá pensando no que fazer, ela já tá com o plano feito ou às vezes já até fez.
Me admira saber que com 28 anos ela nunca chegou a se relacionar sério com ninguém, diz ela que a liberdade dela vale mais que qualquer relacionamento, mas eu sei que um dia isso vai mudar.
Fiquei conversando por tanto tempo no carro com eles que quando eu vi já estávamos estacionando na estrada, tava tudo vazio não passava carro nem moto, tava deserto mesmo.
Tinha um caminhão escrito produtos de sojas, justamente o que a Japa disse que era. Assim que o Bahia estacionou eu abri a porta do carro descendo, por via das dúvidas ficou só um no carro, que foi o Bahia.
Cheguei perto do caminhão e logo uma das portas se abriu e uma mulher pulou.
Xxx: Ferreira ? - assenti com a cabeça e ela estendeu a mão - Satisfação, Duquesa - fiz um toque de mão e ela foi cumprimentar o restante.
Ferreira: só veio você ?
Duquesa: não, Batoré tá ali dentro também - assim que ela falou ele saiu e eu já fui fazendo toque com ele, esse moleque era meu fechamento na época que morava aqui.
Batoré: quanto tempo caralho, vai encostar em SP quando ? - bagunçou meu cabelo - depois que casou tá andando até mais arrumadinha.
Ferreira: sempre fui arrumada fi, só melhorei mais - a Duquesa deu risada indo até a parte de trás do caminhão.
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A cada passo - romance sáfico
Romance📌 Rio de Janeiro, morro. {romance sáfico} início: 18/06/22