Capítulo 77

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Ferreira narrando
Capítulo 77
Domingo

Alemão: Alanny saindo nos tapa tá aí uma coisa que eu não imaginava - deu risada lembrando da briga.

Bahia: e num é que o zangado bate mesmo - não aguento esse cara, puta merda, comecei a ri.

Alemão: essas mini árvore assim pow é as que mais bate - "mini árvore" é foda mano.

Ferreira: í porra para de zuar minha mulher, ela é cotoco mermo mas pelo menos sabe bater, saiu com uns arranhões mas nada de mais não - soltei a fumaça vendo aquela poluição de ar na minha sala.

Meu radinho tocou fazendo a gente prestar atenção no que os cara da entrada ia falar.

Lennon: ai Patroa, fica esperta que as mina tá subindo com mototáxi pra ir na boca central - desliguei e fui sai da sala junto com os cara indo pra porta vê quem era.

Depois do esculacho que tomei da Alanny lá no beco nem falei mais nada, ela tava certa em tá bolada, o foda é que geral tá sempre passando pano pras merdas que a Steffany faz e não vou mentir, sou uma delas, assumo isso e acho escroto da minha parte porque se fosse qualquer outra pessoa nem viva tava mais.

Já tinha mandado mensagem pro morro do tuco falando que tava precisando das mina de lá pra um trabalho, aceitou numa boa.

Escorei na parede enquanto fumava esperando elas brotarem, a porta foi invadida por duas nega do cabelão grandão, roupa colada no corpo desenhando tudo, virei o rosto pro lado porque já tenho minha mulher preciso disso não.

Ferreira: sala ali ó - apontei pra elas e uma delas me lançou mo olhar do caralho, ixi filhona sai daé - tô vazando daqui, vou vê minha mulher se precisarem de alguma coisa não me chama.

Bahia: para de dar em cima das mina Alemão, trabalho mano bagulho sério - dei risada negando com a cabeça.

Sai e fui indo até a minha moto que tava escorada na frente da porta da boca, antes de subi na moto joguei o cigarro no chão pisando em cima logo em seguida.

Sai arrastando pneu pra casa da perigosa, namoral toda vez que eu lembro que essa mina saiu na mão eu começo a ri porque logo ela ? Toda patyzinha enjoada que não gosta de briga e os caralho a quatro.

Fiquei andando em zigue e zague mas logo parei quando quase tombei pra trás, ia se uma queda feia da porra.

Continuei o caminho sentindo a brisa gostosa da noite com aquele vento no rosto, parei na frente da casa dela e bati no portão, quem atendeu foi a Kiara com maior cara de sono.

Ferreira: Alanny tá acordada ? - ela esfregou o olho assentindo - amanhã tu tem aula pirralha tá acordada ainda por quê ?

Kiara: tava assistindo série mas já vou dormi agora, faz favor pra mim - balancei a cabeça em forma dela terminar de falar o que queria - tranca o portão pra mim, tô caindo de sono quero deitar.

Ferreira: de boa eu fecho, vai lá dormi, boa noite - entrei e fechei o portão mas não tranquei - já já tô indo embora, tranco quando sair - ela assentiu.

Kiara: boa noite - virou sumindo aos poucos, coloquei a chave em cima do balcão da cozinha e fui subindo as escadas pro quarto da Alanny, tava com barulho de chuveiro no corredor com certeza tá no banho.

Abri a porta do quarto dela e não tinha ninguém só o gato vulgo praticante de parkour, se louco na hora eu estranhei vendo ele deitado sem pular igual cangurú de um lado pro outro.

Sentei na cama e peguei ele no colo passando a mão no pelo macio e laranja dele, isso aqui é laranja né pow ? Se alguém vim me dizer que essa porra é ginger eu já mando pra casa do caralho, é laranja e pronto.

A cada passo - romance sáfico Onde histórias criam vida. Descubra agora