Ferreira narrando
Capítulo 101E num é que o cara realmente conseguiu a porra da chave, depois de quase 3 dias ele achou, e ainda por cima foi no meio da noite, horário perfeito pra ir vê que trambique tinha ali, até os carcereiros não podiam entrar.
Fui chegando cada vez mais perto da sala e a curiosidade só ia aumentando cada vez mais, parecia que eu tava sendo obrigada a ir nessa sala.
Assim que ele começou a passar a chave na maçaneta, o coração já foi disparando. Mano era um bagulho inexplicável parecia que eu tava perto de descobrir tudo mano, e eu nem sei que tudo era esse.
Assim que ele abriu tinha uma cama e um vaso sanitário, o cheiro tava meio forte provavelmente porque vivia trancado aqui, na hora que a pessoa que tava na cama virou me olhando eu paralisei de verdade, não soube o que dizer.
Ferreira: Né possível parceiro - voltei pra trás sem acreditar no que eu tava vendo, engoli a seco olhando pro Alemão vivinho na minha frente mano - não é você não mano, tá maluco fi. - passei a mão na cabeça me contendo pra não chorar na frente do guardinha.
Alemão: Namoral, é tu mermo mano - levantou da cama sem camisa, só de shorts me olhando sem acreditar, tava magro mano, quase irreconhecível mas a voz e as tatuagens não mudaram porra nenhuma.
Ferreira: puta que pariu irmão - fui até ele dando um abraço fortão - tô nem acreditando que isso é real, papo reto - apoiei a cabeça no ombro dele e ele ficou quieto ainda no abraço.
Me afastei do abraço e mandei o guarda sair, ele avisou que já já a câmera liga então a gente tem pouco tempo pra conversar.
Alemão: sei nem por onde começar a te falar parceira, tem muito b.o mal resolvido nessa história que se precisa saber - fui até a cama e sentei esperando ele falar - como que tu veio parar aqui mano ?
Ferreira: mano nois tem uns assunto pendente pra tratar, tem muita coisa que eu preciso saber e muito bagulho que se tem que saber também - Namoral eu tava com o sorriso de orelha a orelha tava nem acreditando que esse puto tá vivo.
Alemão: tu num tinha morrido carai ? - frangi a sobrancelha - Patrick falou que tu tinha morrido pelas polícia.
Ferreira: o que chegou em mim foi que tu tinha morrido - ele deu risada, já até sabia que ele ia fazer piada, o cara tá na merda mas não perde uma piada, parece eu.
Alemão: Morri e nem tô sabendo disso - sentou no chão apoiando as costas na parede. - tá ligado aquele dia quando teve invasão ? - assenti com a cabeça -justo quando se foi pedir a Alanny em namoro o Patrick ficou sabendo dessa história e foi a partir daí que ele começou a se envolver com a polícia, só sei que em uma operação que eu tava fazendo no beco eu tomei mo coronhada na cabeça - se afastou da parede virando a cabeça e mostrando a cicatriz que tava atrás - quando eu apaguei tava em uma sala algemado em uma cadeira, de um lado tava o Patrick e o delegado la, segundo o Patrick tu tinha morrido. Só que aí mano o delegado veio querer saber do teu nome completo, só que fi, se tu tivesse morrido mesmo ele saberia teu nome, só fazer uma impressão digital tá ligado ? Nisso eu pisei firme e disse que não ia falar, me jogaram aqui dentro e tô aqui até hoje, desde aquele dia.
Ferreira: em uma penitenciária feminina ? - tava meio confusa com a história, é muita confusão pra minha mente.
Alemão: aqui é o único lugar que ninguém ia poder entrar em contato contigo e dizer onde eu tava, junto com os preso você ia saber rapidinho, até porque os que tão lá dentro tu conhece de olho fechado. - Porra mano, os cara pensaram em tudo.
Ferreira: mas eu vi teu corpo no chão mano, até as tatuagens eram iguais - ele deu aquela risada de fumante que ele sempre teve.
Alemão: tô na tua frente agora filhona, tá achando que é o que assombração ? - puxei o travesseiro que tinha ali e joguei nele - se o Bahia me visse aqui agora ia cagar de medo achando que é espírito.
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A cada passo - romance sáfico
Romansa📌 Rio de Janeiro, morro. {romance sáfico} início: 18/06/22