Capitulo 21

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Ferreira narrando
Capítulo 21

Deixei a Alanny na casa dela e fui direto pra minha, a ficha só caiu mesmo que ela me beijou agora.

Estacionei o carro na garagem e fui direto pro banheiro tomar um banho pra tirar esse cheiro do caralho de hospital.

Tomei banho com uma puta vontade de chorar mas não chorei, fingi ser forte pra mim mesma e não me permiti chorar, mesmo tudo isso estando me matando.

Terminei o meu banho com um nó na garganta tentando ao máximo não demonstrar fraqueza ou chorar.

Coloquei qualquer camiseta que eu vi pela frente e me joguei na cama pegando o celular e mandando mensagem pra chatinha lá.

Conversamos rapidão e eu fui deitar tentando dormir, mas me veio a Aysha na cabeça, minha mãe o morro.

Tudo que a Aysha falou ficou rodando por toda minha cabeça, não conseguia dormir de jeito nenhum e então fui pedir proteção pra minha mãe.

Fui até a varando e sentei no chão olhando pro céu.

Ferreira: Mãe Iansã, cubra-me com seu manto sagrado, E leve com a força dos seus ventos tudo que não presta para bem longe. Não destrua o amor que há em nossos corações. Mãe Iansã, em vós eu creio, espero e confio. Eparrey Oyá! - falei tudo baixinho e peguei minha guia dando um beijo nela e logo em seguindo colocando no meu pescoço.

Levantei e fui deitar, depois de um tempo consegui pegar no sono.

—————
Acordei com uma caralha de uma dor de cabeça, parecia que minha cabeça ia explodir mas mesmo assim levantei e fui direto tomar um banho, demorei um tempo no chuveiro.

Coloquei uma camiseta básica preta e peguei uma bermuda que foi a primeira que eu vi.

————- WhatsApp on ————
"Alanny"

Ferreira: tô passando aí já já 10:30

Alanny: tá bom, vou te esperar na calçada de casa 10:33

Ferreira: jaé 10:34

———— WhatsApp off ————-

Nem tomei café só peguei a chave do carro e indo até a casa da doida la, coloquei uma música pra tentar distrair a cabeça, já que ela tava a milhão só pensando merda. Minha mente me mata a cada dia.

Depois de um tempo cheguei, e ela tava escorada no portão da casa dela distraída mexendo no celular, buzinei e ela quase pulou de susto.

Alanny: vai tomar no seu cu - colocou a mão no peito vindo na minha direção, destravei a porta do carro pra ela entrar.

Assim que ela entrou, sai arrastando pinel, ela tava com um vestido vermelho de alcinha, Havaiana no pé.

Alanny: como você tá ? - falou assim que colocou o cinto me olhando.

Ferreira: suave e tu ? - ela semicerrou o olho pra mim.

Alanny: você fala que tá bem mas eu sei que não tá - olhei rápido pra ela voltando a olhar o trajeto - é uma situação complicada eu nem consigo imaginar a confusão que deve tá a sua cabeça, a Aysha e ainda tem o morro pra você comandar deve ser super cansativo né, não a Aysha e sim comandar tudo isso aqui - gesticulou com a mão.

Ferreira: é pow essa vida não é fácil não, minha preocupação maior é a Aysha e minha mãe tá ligado ? - ela assentiu com a cabeça - do minha vida por esse morro mas pela minha mãe e a Aysha sei nem do que sou capaz de fazer.

Alanny: é tudo tão difícil né, essa vida. Um dia você tá ótimo e do nada esse sentimento muda de um dia pro outro. Sua cabeça deve tá uma confusão né ? - assenti.

A cada passo - romance sáfico Onde histórias criam vida. Descubra agora