Capítulo 81

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Primeiramente eu queria agradecer pelos 70k aqui, é até estranho saber que tem tanta gente lendo já que no começo eu achava que ninguém ia ler, mas é isso obrigado por isso, boa leitura 💓

Alanny narrando
Capítulo 81
Maratona 1/3 ou 4

Ferreira: esse é pelo cheiro horrível de cigarro que ele deixava na minha sala - jogou uma flor no caixão e as pessoas deram uma risada fraca - esse pelas vezes que me deu conselhos pra investi na minha mulher - me olhou sorrindo e jogou outra flor - esse pelos mil outros momentos vividos com esse moleque - jogou várias flores sorrindo fraco - Bruno não tá mais aqui mas ele vai ser pra sempre lembrado e marcado na minha vida - passou a mão no olho limpando uma lágrima que insistia em sair - namoral eu sou péssima com discursos mas eu só queria dizer que o Alemão não deixou uma vida apenas, ele deixou várias inclusive a minha porque nesse momento eu sinto que um pedaço de mim foi embora - deu um sorrisinho fraco - uma vez quando eu tinha cinco anos eu caí da escada e quebrei o braço, esse filha da puta começou a ri mas tava comigo no hospital o dia inteiro, então eu virei pra ele e disse: "amo você" ele começou a ri e falar pra todo mundo que eu amava ele - dei risada limpando às lágrimas que tavam caindo no meu rosto - não costumo falar isso pra qualquer pessoa mas moleque eu te amo pra caralho - agachou colocando a última rosa.

Tava todo mundo chorando, a dona Neusa tava terrível coitada, não parava de chorar nem por um minuto se quer, abracei ela mais forte pra passar confiança.

Neusa: foi um ótimo discurso filha - sorriu pra ela que sentou do nosso lado.

A gente ficou por mais um tempo mas logo foi embora pro morro, tava todo mundo pra baixo e não tinha nem vontade de ficar naquele lugar.

A Kiara tinha dormido no carro e a Aysha levou ela pro quarto carregada, Dona Neusa ainda chorando tomou um calmante pra consegui dormi, e minha princesa quieta na dela sem falar nada.

Alanny: sabe que pode desabafar comigo né amor - passei a mão no cabelo dela fazendo um carinho - a gente não conversa muito sobre o morro mas tô aqui pro que você precisar. - dei um beijo na cabeça dela.

Ferreira: sem querer ser chata queria conversar não, to cansada e quero dormi que ainda tem porra de baile - sobre o baile o morro tá sem opção de não fazer baile, porque é lá que eles conseguem uma grana do caralho com as pessoas comprando droga ou bebida.

As drogas que eram pra tá aqui foram desviadas pra outro lugar, ela disse que é uma especie de matagal.

Eu disse pra ela também que achei estranho essa história de que o cara errou o GPS sendo que ele sempre vem aqui fazer a entrega dos bagulho, até porque não tem como você errar um caminho que você vem todo mês.

Alanny: eu vou pro baile com você então - ela negou com a cabeça.

Ferreira: eu vou ficar lá só de olho nos bagulho, o Bahia vai tá lá também, é melhor tu ficar porque já te expliquei aquele bagulho de madrugada. - virou pro outro lado e levantou indo até uma gaveta pegando o que parecia ser um colar, mas bem grande e com miçangas.

Alanny: que isso ? - ela respondeu que era uma guia, não quis invadir o espaço dela e achei melhor deixar ela um pouquinho sozinha, ela foi pra varanda e ficou lá.

Virei pro lado e comecei a pensar no que ela me disse ontem.

————- flashback on ———-

Já tava angustiada de não ter notícias aqui nessa casa, tava andando de um lado pro outro com o celular na mão esperando notícias de alguém, as meninas mandaram mensagem no grupo e a gente ficou conversando sobre o que tava acontecendo.

A cada passo - romance sáfico Onde histórias criam vida. Descubra agora