Cap.07

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Bruna 💵
Eu estava me corroendo de ansiedade, depois que o Rafael saiu eu só soube orar e pedir pra que nada acontecesse com ele. Quando foi 2h da manhã eu escutei os tiros da entrada da favelada, todos os moradores com medo, e o sinal aparecendo para que nenhum saísse de casa, aqui as coisas eram assim.

Minha mãe só sabia chorar, a vida de quem tem que ouvir isso e sabendo que seu filho esta no meio deles é im baque e tanto pra ela, eu só poderia abraçar e apoiar nesse momento.

Tentamos dormir mas não conseguíamos, eu ouvia tiros sem parar, gritos dos homens do Rafael, mas nunca a voz dele. Eu acabei que cochilei, e acordei com o Menor quase quebrando a porta de casa.

Bruna: Que isso caralho??

Menor: Ae porra, Carioca levou um tiro.

Bruna: O QUE???? CADE ELE? CADE MEU IRMÃO PORRA? - Bato nele.

Menor: Calma caralho! Os mano levou ele pro postinho, ele levou um tiro na perna, nada grave.

Bruna: Que raiva de vocês!!! Porque não saiam dessa porra de vida?

Menor: Porra, isso é nós! Isso é a favela, deu tudo certo e conseguimos mais de 590 milhões pra favela! Carioca ta milionário.

Bruna: Milionário? Meu Deus, vocês roubaram dinheiro do povo velho, se bobear até o meu.

Menor: Isso tudo é teu também malandra, tamo cuidando dele, relaxa ae! Dona Suzane, teu filho ta bem.

Suzane: Ele nunca vai estar bem nessa vida Matheus.

Menor: Bom, terminamos o serviço! Vou por os bagulho em dia e decidir onde vamo esconder todo esse ouro pivete, falou pra vocês.

Suzane: Eu não sei mais o que fazer com teu irmão.

Bruna: Não tem nada pra fazer mãe, se ele não fizesse esse tipo de coisa, não teríamos tudo que temos hoje, só o meu salário não conseguiria nos manter.

Suzane: Vamos ir ver ele.

Descemos até o postinho, e lá estava o Bigode e o Cabelinho contando tudo pra ele.

Carioca: Fala família.

Suzane: Você não tem jeito né?

Carioca: Tamo rico coroa!!

Suzane: Pelo amor, e agora vai ficar um bom tempo sem sair pra lugar nenhum!

Bigode: A tal da médica disse que ele vai vir fazer as fisioterapia esses bagulho ai, quase ficou sem perna cuzao.

Cabelinho: Sem perna esse pivete não fica.

Carioca: Sabe como é né, depois que eu melhorar faço a cotação pra cada mano que cooperou.

Cabelinho: Sem pressa patrão, bora Bigode, vamo ajudar o Menor a esconder essa fortuna toda.

Bigode: Pode crê.

Carioca: Esconde nas salinha de cada entrada, esquece não seus porra.

Cabelinho: Relaxa menor.

Bruna: Você é um trouxa mesmo, quase me matou do coração!

Suzane: Vou ir ver os medicamentos dele, já volto.

Carioca: Ae Bruna, quando cai sonhei com uma mina mano.

Bruna: Que mina menino?

Carioca: A mina que eu fiz de refém.

Antes de mim, Você (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora