Um ano e meio se passou desde que o Parlamento caiu no dia cinco de novembro, e Evey Hammond viu V pela última vez.
Agora, um ataque rebelde ao Departamento de Preservação Cultural de Evey trara à tona aquele que antes era considerado perdido.
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Cap...
Esse capitulo é um sonho compartilhado entre Evey e V, está separado entre POV para facilita a leitura. Boa leitura my friend ;)
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POV V
4h34. V olhou para o relógio enquanto voltava silenciosamente para o quarto de Evey.
Há quanto tempo ele se foi? Quarenta minutos talvez? Na sala de estar principal, procurando algo para cansar seu cérebro.
Ele estava tendo uma noites daquelas, quando sua mente simplesmente não se acalmava, não importa o quão bem ele relaxasse seu corpo. Uma daquelas noites 'aquelas', quando seu passado ou melhor, sua falta de passado, mostraria sua cara feia.
Aquele lacuna perdido antes de Larkhill, devia ter perdido décadas. Mesmo assim, foi uma constatação horrível não saber a verdadeira escala de tempo, anos incontáveis de completo e ininterrupto vazio.
E de vez em quando, seu cérebro se rebela contra esse vazio, apesar de sua prática bem aprendida de focar no presente e no futuro. Era em noites como essa que seu subconsciente contava as histórias mais estranhas, tentando encontrar algo que se encaixasse. Uma explicação, uma história possível, uma memória fantasiosa e conjurada que enraizaram algo, qualquer coisa naquele vazio.
Eles eram a verdade? Memórias reais ?
Duvidoso. As histórias tecidas em seus sonhos eram tão variadas e desconexas que nenhuma teoria isolada poderia ser considerada autêntica, o que implica que provavelmente nenhuma delas era. Mas sua imaginação certamente estava tentando a velha faculdade, apresentando pelo menos duas teorias diferentes esta noite. Dois sonhos que não faziam sentido, e apenas o deixaram no estado mais instável.
No passado, a solução era drenar a energia de sua mente, imergindo-se na ginástica mental. Ler, escrever e mais leitura às vezes até a noite seguinte, até ele cair em um sono tão exausto que seu cérebro estava ocupado demais se recuperando, para perder tempo sonhando com possíveis vidas passadas.
Mas agora, suas noites, ou pelo menos a melhor de suas noites eram passadas com sua companheira.
Ele realmente queria perder essas horas enterrado em um livro, quando o convite para a cama de Evey Hammond estava aberto? Não, claro que não. E depois de rever dez sonetos de Shakespeare que já sabia de cor, voltou ao quarto dela.
Cuidadosamente, ele deslizou de volta para a cama, observando a imagem maravilhosa que ela fazia. Enrolada em posição fetal e de costas para ele, ela dormia pacificamente, a parte superior do corpo subindo e descendo com respirações profundas e lentas. Ela parecia tão serena, tão contente.
Ele precisava ficar ofendido por ela ter rolado durante sua ausência? Não necessariamente. Ele sabia o quanto ela gostava daqueles momentos em que ele acariciava suas costas. Era possível, e como ele esperava que fosse verdade, que ela acreditasse que ele estava enrolado em torno dela agora. Um desejo sincero que ele manteve perto de seu coração, enquanto deslizava cuidadosamente entre os lençóis.
