Preencher a hora juntos

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AVISO: Esse Capitulo contém conteúdo adulto (menção a sexo) caso não gostem esse tipo leitura, por favor pule esse capítulo.


Uma profunda respiração inalada, uma respiração profunda exalou, enquanto Evey vagarosamente flutuava para a superfície do sono.

Sua cabeça caiu para o lado, colidindo com a máscara dura que de alguma forma se encaixou acima de seu ombro, ela estava deitada de costas, esparramada um pouco mais do que tradicionalmente considerava como uma dama, embora V certamente parecesse estar gostando. Ele pousou no meio dela, ou talvez apenas rastejou até a metade dela, ela não tinha certeza neste momento.

Há quanto tempo eles adormeceram?

Ela olhou para o relógio, apertando os olhos para ver as horas.

1h11.

Então ela sorriu para si mesma, reajustando-se para envolver seu companheiro em seus braços. Ele soltou seu próprio suspiro, abafado por trás da máscara, sua mão nua deslizando em uma carícia suave em sua barriga.

—Estou acordado, amor— ele murmurou, mal dizendo as palavras antes de um bocejo dominá-lo. —Eu ouvi os sinos há pouco tempo, uma badalada—

Evey cantarolou em concordância, seus dedos encontrando seu caminho em seu cabelo. —O primeiro— ela esclareceu, caso ele não tivesse visto o relógio. Afinal de contas, esta foi uma daquelas noites surreais do horário de verão britânico, quando o tempo retrocedeu e 1:00 da manhã chegou duas vezes. No momento, o relógio marcava o tempo 'velho', o 'novo' ainda não tinha começado.

Com toda a honestidade, Evey ficou impressionada por ela ter acordado. Ela disse a si mesma que faria isso, antes de finalmente adormecer. Bem... em algum momento entre fazer amor com seu companheiro, e desmaiar de um dia cansativo, para ser mais exato. Mas sim, ela estava surpresa por seu subconsciente ter conseguido.

—Não parece real, não é?— ela meditou. —Como se o mundo estivesse distorcido ou algo assim, eu me pergunto se há pessoas que realmente se levantam agora? Correr para aceitar o relógio?—

—Você está sugerindo que eu deveria ser um deles?— ele perguntou com humor. —Você preferiria me ver correndo pelo local, zerando tudo em uma corrida contra o ponteiro dos minutos?—

—Nããão— ela disse, firmando seu aperto cansado apenas o suficiente para insistir que ele ficasse parado. Sua cabeça se inclinou, seus lábios encontrando uma franja emplumada no topo de uma dura testa esmaltada. —Ninguém faz isso quando é oficial de qualquer maneira— Então ela riu. —Lembra no outono passado? Quando eu não fiz nada ?—

V riu, enviando uma baixa ressonância através do torso nu de Evey. —Eu me lembro bem— ele concordou. —Ele trouxe você para a Galeria uma hora mais cedo, o presente do tempo, algo que eu nunca vou recusar—

—Sim— foi seu suspiro lento e satisfeito. —Mas então você perde de novo na primavera, e isso é ainda pior, então todo mundo está atrasado na manhã seguinte— Ela fez uma pausa para um bocejo próprio. —Você nunca consegue vencer, não é?—

Uma respiração saiu abafada por trás da máscara, o queixo duro aninhado ainda mais em seu ombro. Não adiantava discutir, quando ele sabia o quanto ela achava irritante esses 'soluços' semestrais no calendário. Ele foi, no entanto, pressionado a aceitar sua afirmação de que eles não poderiam vencer. Não importa que horas o mundo marcou para este momento, ou quantos relógios ficaram em desacordo, foi um momento passado juntos. Essa sempre foi a vitória, sobre tudo e qualquer coisa.

Evey olhou para trás em direção à escrivaninha para descobrir que outros três minutos se passaram. —Tick, tick, tick— ela meditou sonolenta. —É estranho. Está acontecendo, mas não é. Deve parecer uma prorrogação, porque em mais quarenta e cinco minutos estaremos de volta à uma hora. No entanto, por outro lado, está voando. Uma hora extra, isso vai ser quase imperceptível no final—

VIOLA - V de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora