Um ano e meio se passou desde que o Parlamento caiu no dia cinco de novembro, e Evey Hammond viu V pela última vez.
Agora, um ataque rebelde ao Departamento de Preservação Cultural de Evey trara à tona aquele que antes era considerado perdido.
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Cap...
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AVISO: Esse Capitulo contém conteúdo adulto (menção a sexo) caso não gostem esse tipo leitura, por favor não leia.
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As colinas verdes do interior da França mergulhavam, subiam e ondulavam, muito abaixo do plano ascendente. Pequenas aldeias históricas, muitas das quais Evey visitou nas últimas semanas. Pastagens pontilhadas de gado pastando. Vinhas em plena produção, os trabalhadores nas fileiras já não são visíveis à medida que o avião do grupo ganha altitude. E ao longe o sol se pôs, banhando tudo com um tom dourado.
As nuvens bloquearam temporariamente a visão e a janela perdeu a atenção de Evey. Nos últimos anos, ela tinha visto travesseiros finos e suspensos o suficiente para durar a vida toda. Eles não eram mais os playgrounds fofos e celestiais que sua criança interior achava tão fascinante. Agora eles eram simplesmente um lembrete de que ou ela estava partindo em uma viagem, e nesse caso ela já estaria esperando por seu sucesso, segurança e, acima de tudo, brevidade ou ela estaria voltando para Heathrow, emocionado por estar em casa e ansioso para alcançar não apenas a superfície da terra... mas também os túneis abaixo.
Falando nisso...
Ela olhou para sua bolsa, perguntando-se quando seu celular tocou novamente. Era ele, há pouco tempo. Seu companheiro. Ela tinha certeza disso.
O grupo britânico estava correndo pelo terminal quando o celular de Evey tocou duas vezes e depois desligou. Interferência, ela presumiu, do prédio ou do equipamento. E simplesmente "ligar de volta para ele" estava fora de questão, agora que ele havia dominado o hackeamento do sistema móvel criptografado. Era uma rua de mão única, pelo menos por enquanto.
Sua fé seria recompensada, e em tempo útil. Apenas mais duas nuvens passavam pela janela, antes que o trinado se repetisse. Música para seus ouvidos.
Uma mensagem de texto chegou e longa, exatamente como ela esperava.
"Espero que estas palavras encontrem bem a sua destinatária e a devolvam em segurança ao meu lado. 'Cansado do trabalho, apresso-me para a minha cama, O querido repouso dos membros com a viagem cansada; Mas então começa uma jornada em minha cabeça, Para trabalhar minha mente, quando o trabalho do corpo expirar: Pois então meus pensamentos, de longe onde eu habito, Pretendem uma zelosa peregrinação a ti, E mantêm minhas pálpebras caídas bem abertas, Olhando para a escuridão que os cegos vêem, Exceto que a visão imaginária de minha alma. Apresenta tua sombra à minha vista cega, Que, como uma jóia pendurada na noite medonha, Torna bela a noite negra e nova sua velha face. Vejam! assim, de dia meus membros, de noite minha mente, Para ti e para mim nenhum achado tranquilo.'
A peregrinação em breve, amor. Viagem segura."
Evey sorriu e recostou-se na cadeira, esquecendo a vista da janela. Mesmo quando o avião escapou da névoa branca e fofa, e o verde pôde ser visto novamente à distância, percorrer o soneto escolhido por seu companheiro era muito mais fascinante.
