O que explodiu agora?

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—Puta merda! Eu não quero um sublinhado aqui, sua maldita... argh!!!!

Certamente não era a manhã de Evey, enquanto ela estava sentada discutindo com o computador do escritório. Seu editor de palavras estava sendo bastante obstinado, insistindo que de alguma forma sabia exatamente o que ela queria dizer, muito melhor do que ela jamais poderia. E não importa o que ela tentasse, ela simplesmente não conseguia convencê-lo do contrário.

—Bastardo— ela rosnou para ele mais uma vez, imaginando se seu assistente pessoal, Herbert, seria capaz de remover os caracteres sem sentido assim que caísse em suas mãos competentes.

Deixando escapar um sopro de frustração, ela olhou por cima da mesa. Lá estava sua placa de identificação, declarando claramente sua posição de autoridade. 'Evey Hammond, Diretora'. Talvez se ela enfiasse isso na cara do monitor ou na bunda do computador, ele teria que ouvi-la. Ou ela sempre poderia acidentalmente jogar todo o sistema pela janela e requisitar um novo.

Ela realmente estava perdendo o juízo, e muito bem poderia ter recorrido a tais ações drásticas, se não fosse por algo novo que escolheu então aparecer no computador. Um bipe foi ouvido e uma janela de mensagem se abriu no topo de seu editor de palavras. Uma pequena caixa de conversação, com a saudação simples de 'Olá '.

O nome de usuário do remetente era 'FMahsert', e Evey já estava escaneando sua memória, tentando colocar um rosto no nome. —Mahsert, Mahsert— ela murmurou para si mesma, nem mesmo certa se estava pronunciando corretamente. Deve ser alguém de uma afiliação governamental mais distante, e ela abriu sua agenda de endereços, preparando-se para uma rápida varredura.

FMahsert, no entanto, estava aparentemente bastante impaciente. 'Alô? ' o usuário distante repetiu.

No meio dessa confusão, Herbert bateu à porta, ansioso para entrar.

—Hmmm? O quê?— Evey perguntou, quando o jovem entrou correndo.

—Os relatórios que você queria, Sra. Hammond—

—Ah, sim, se você pudesse postá-los para Marie, seria ótimo. Diga, você conhece um 'FMahsert'?—

Sua assistente fez uma pausa e pensou, presumivelmente fazendo a mesma ginástica mental que ela fazia. —Não, nunca ouvi falar desse nome. Também nunca o vi em sua mesa—

A sobrancelha de Evey baixou. Agora isso era suspeito. Não apenas sua agenda de endereços fornecia uma resposta de 'nenhuma correspondência encontrada', mas Herbert geralmente tinha uma mente como uma armadilha de aço. Se ele não se lembrava da pessoa, provavelmente era alguém fora de seu círculo de influência habitual.

—Por que?— ele perguntou. —Algum problema?—

—Não— ela respondeu. —Apenas leve isso para Marie, sim?—

Herbert reprimiu um suspiro e saiu apressado. FMahsert, no entanto, estava ficando ansioso.

'Você está aí, Sra. Hammond?' apareceu na tela. Bastante agressivo, na opinião de Evey, para alguém cuja identidade ela não conseguia lembrar e a quem ela ainda não respondeu.

'Sinto muito', ela digitou. 'Este seria o Sr. ou a Sra? Com quem estou falando? Não consigo reconhecer pelo nome de usuário.'

'Porque sou eu, amor.'

Bem, isso fez a sobrancelha de Evey levantar, e seu cérebro voou para todos os tipos de cenários. Qualquer coisa, desde piadas práticas a armadilhas clandestinas armadas por aqueles que podem se opor a seu companheiro, até a possibilidade de que realmente pode ser ele, a única pessoa que poderia legitimamente se dirigir a ela como 'amor'.

VIOLA - V de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora