Um ano e meio se passou desde que o Parlamento caiu no dia cinco de novembro, e Evey Hammond viu V pela última vez.
Agora, um ataque rebelde ao Departamento de Preservação Cultural de Evey trara à tona aquele que antes era considerado perdido.
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Cap...
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Evey e cetim preto.
Que combinação.
V tinha notado isso no passado, notaria muitas vezes no futuro, e estava notando agora, no final da manhã, enquanto a observava vestir sua roupa de baixo.
Hoje, é claro, ela os usava não apenas para diversão dele, mas para seu conjunto geral. Ela estaria de preto hoje. Tudo isso. Seu preto sólido, com apenas a brancura da máscara para contrastar. Então, no final, ela adivinhou, ela ainda os estava usando para ele, afinal. Engraçado como isso funcionou.
V estava pronto, ele mesmo totalmente vestido, exceto pela máscara, tendo prometido ajudar sua companheira neste processo único. Outras pessoas simplesmente vestiam uma fantasia uma vez por ano. Prendeu uma tira elástica em volta da cabeça e lutou para respirar até encontrar os orifícios das narinas. Ela, no entanto, aprenderia isso literalmente com o especialista.
Claro, as meias pretas que ela vestiu em seguida eram um pouco diferentes das meias pretas básicas dele, sem mencionar que eram muito mais atraentes, na opinião distraída de V. Esse era o último ponto que ele iria discutir.
Suas calças.
Eles eram de um corte mais feminino, mas combinavam com o seu tanto quanto ele foi capaz de encontrar. E o cinto para envolver confortavelmente os quadris? Preto azeviche, feito apenas do melhor couro, ostentando uma fivela polida e absolutamente sem bainhas anexadas. Ela certamente não precisaria de nenhuma adaga e, falando sério, ele pretendia estar ao seu lado durante todo o dia. Vamos ver até mesmo uma centena daquelas 'pálidas, quase imitações' por aí, contornando ele.
As botas.
Eles vieram em seguida, e esses também eram sua tarefa. V sentou-se em silêncio na beira da cama, preparando a camisa e admirando seu reflexo no espelho.
E aquela camisa. Aquela camisa, de fato...
Foi um dos seus. Literalmente, um dos seus. Muito grande para ela; geralmente usado como roupa de dormir. Mas ela queria algo dele. E se não pudesse ser uma de suas máscaras extras, V considerando aquelas pesadas demais para sua companheira passar uma tarde inteira atrás, então seria sua camisa. Ao olhar casual, a falta de ajuste e a perda de suavidade teriam feito seu traje parecer bastante inautêntico. Que irônico.
Nisso, ele queria ter uma participação, pairando atrás dela, ajustando os ombros da peça enquanto ela trabalhava nas mangas. Era surreal ajudar qualquer uma nessa tarefa, muito menos ela, e ele percebeu que seus dedos se atrapalharam de maneira incomum.
—Bem, a túnica cobrirá o exterior de qualquer maneira— observou Evey, barganhando com seu reflexo folgado. Ela desistiu das mangas também, dobrando-as como costumava fazer para dormir. —Mas eu gosto disso, eu realmente gosto—
