Hospital.

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    Após o Gabriel sair do carro eu liguei o som do carro pra tentar desfocar minha mente do que possivelmente estava acontecendo dentro do galpão e eu não fazia a mínima ideia, estava com o banco abaixado encolhida até que escuto um disparo de ti...

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Após o Gabriel sair do carro eu liguei o som do carro pra tentar desfocar minha mente do que possivelmente estava acontecendo dentro do galpão e eu não fazia a mínima ideia, estava com o banco abaixado encolhida até que escuto um disparo de tiro e em seguida de metralhadora, eu nunca tive contato com armas mas sou carioca e conheço bem o som.

— Meu Deus! - levantei a cabeça lentamente e vi uns homens caídos na área externa e mais disparos na parte interna.


Me bateu desespero, meu marido estava lá dentro, respirei fundo me acalmando pois eu tinha que agir é rápido. Vi que tinha uma pistola no chão então vi um vídeo de um minuto no YouTube de como destravar uma arma, sai do carro e fui caminhando lentamente na direção onde estavam os corpos, o homem estava fumando e quando virou de costas pra mim eu peguei a arma destravei e dei um tiro nas costas dele, ele caiu de joelhos no chão e eu dei outro, não tive coragem de olhar o homem que eu acabei de matar. Me encostei no portão e quando o rapaz apareceu eu o acertei o fazendo cair nos meus pés.

— Quem é que está aí! - colocou apenas o fuzil apontado pra fora quando ele pôs o rosto eu mirei e apertando o gatilho no susto, não tive coragem de olhar a terceira pessoa que matei em minha vida.

— Me ajuda! - olhei pra cima, entrei no galpão e vi o Gabriel de joelhos com a arma apontada na cabeça dele na hora eu não vi nada, apenas aquela cena... ele precisa de mim.

   Quando eu atirei no ombro do Hector era pra pegar em seu peito mas não pegou, a bala perfurou seu ombro e ele atirou na cabeça do Gabriel.

  — Não! - me joguei na frente do Gabriel, coloquei a mão em sua cabeça e deitei em seu peito tentando proteger dos disparos.

     Hector efetuou mais dois disparos, ele continuou efetuando disparos em cima da gente enquanto ria, olhei na direção dos irmãos do Gabriel e o Danielo se levantou e atirou nele, o matando. Fechei meus olhos chorando, eu podia sentir minha mão quente por conta do sangue do Gabriel em minhas mãos.

— Vívian! - Gustavo me chamou. - Levanta, precisamos ir para o hospital.

— Meu marido, não consegui salvar ele Gustavo, o Gabriel!

— Precisamos ser mais rápido!

    Após isso acho que meu corpo adormeceu, eu via tudo como flashes, Colocaram o Gabriel no carro e ele estava pálido e gelado eu cobri ele com a manta do Bento tentando o aquecer, a manta ficou coberta de sangue. Assim que chegamos no hospital uma equipe já esperava por ele. Eu estava em estado de choque quando dei por mim eu estava no hospital com uma enfermeira fazendo curativo no meu braço.

— O que aconteceu? - olhei por meu braço.

— A senhora sofreu uma tentativa de assalto e houve um tiro de raspão mas agora está tudo bem! - sorriu e eu neguei com os olhos cheios de lágrimas.

— Não tá, cadê o meu marido? - ela ficou em silêncio, eu tirei acesso venoso e fui andando pelo hospital.

— A senhora não pode fazer isso. - tentou me segurar mas eu me desvencilhei dela.

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