- Posso saber onde esteve? Ficamos o dia inteiro procurando por você.
- Eu estou bem. Só quero ficar sozinha. - Me desviei dele e continuei andando.
- Dulce, você não pode sair por aí sem avisar ninguém. Se te acontece algo como poderemos ajudar? Não faça mais isso. - Ele veio atrás de mim enquanto me dava sermões.
- Eu sei me cuidar Rodrigo, me deixa em paz. - Gritei e ele me olhou espantado. - Eu não tenho mais dez anos de idade caramba. Já sei atravessar a rua sem precisar de um adulto segurar minhas mãos.
- Por que está falando assim comigo? Eu ainda sou seu professor Dulce.
- Meu professor, não o meu pai. - Entrei no prédio de alojamentos e bati a porta na cara dele. Peguei o elevador e fui até o andar do meu quarto. Cheguei no quarto e fui direto para o banho, depois fiquei deitada em minha cama meditando no que havia acontecido essa tarde.
Já estava escurecendo quando a porta se abriu. Eu estava deitada virada de costas para ela.
- Ela está dormindo? - Conhecia aquela voz, e não era de Ivalú nem de Pedro.- Acho que não. - Agora era Ivalú. - Vai lá. Qualquer coisa estamos aqui fora.
- Ta. - Ouvi a porta se fechar. - Dulce?
- O que foi?
- Te acordamos?
- Não. Já estava acordada. - Me sentei e o encarei.
- Desculpa por hoje. Eu não sabia.
- Meus amigos lhe contaram? - Ele assentiu. - Eu só não gosto de falar nisso, mas tudo bem, você não sabia de nada, então está perdoado.
- Se sente bem? Ficamos preocupados com você.
- Sim. - Dei um sorriso fraco. - Ficaram mesmo o dia inteiro me procurando? - Ele assentiu e veio se sentar ao meu lado.
- Onde estava?
Fui dar uma volta por aí. - Obvio que eu não diria a ele que passei a tarde no apartamento do nosso professor. - E a Zoraida, ainda está brava comigo?
- Um pouco. Na verdade está mais com ciúmes do que brava.
- Ciúmes?
- Ela gosta de mim, mas não consigo corresponder esse sentimento sabe.
- Ah meu Deus, eu... eu não sabia.
- Tudo bem. Eu já disse a ela que se quiser continuar sendo minha amiga terá de aceitar isso.
- E você não sente nada por ela?
- Eu não sei. A vejo como amiga. Quem sabe algum dia.
- Talvêz seja melhor a gente não ficar mais. Não quero uma inimiga a essa altura da minha vida.
- Sério isso?
- Sério.
- Você está séria hoje. Principalmente agora. Aconteceu alguma coisa?
- Não. Por que diz isso? Só estou com um pouco de dor de cabeça. Devo ter pegado muito sol.
- Toma alguma coisa. É horrível ficar com dor de cabeça.
- Já tomei. Não deve demorar a passar. - Menti.
- Você quer comer alguma coisa?
- Não. Estou bem.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...