- Bom dia dorminhoca. - A voz de Christopher soou com música aos meus ouvidos. - Precisa levantar. - Ele beijou o canto da minha boca.
- Já?
- Sim. Já estamos um pouco atrasados, ou vamos pegar um baita trânsito na autoestrada.
- Você está cheiroso. - Esfreguei os olhos e o olhei. Ele já estava arrumado. - Você não dorme?
- Dormi um pouco, fiquei com medo de perder as horas.
- Precisa dormir.
- Nada que uma boa dose de starbucks não ajuda ok? - Ele beijou meu pescoço depois puxou o edredom me deixando nua. - Vai lá tomar um banho e se vestir antes que eu te ataque. - Ele beijou minhas costas.
Tive que rir. Ficamos até tarde e ele ainda pensa em fazer isso? O sol comçou a apontar faz pouco tempo e eu ainda sinto meu corpo mole. Segui caminhando feito um zumbi para o banheiro e entrei em baixo da ducha morna.
Depois de pronta Christopher passou no starbucks, comprou um para cada um de nós e duas caixas cheias de rosquinhas Dunnuts. Sempre que como, entendo porque os policiais dos filmes americanos estão sempre com uma caixa dessa no carro. São maravilhosas. Pegamos Pedro e Ivalú perto da SE e depois seguimos caminho.
Quando passamos pela Golden Gate, vi que o relógio marcava 7:0 da manhã. O dia estava dourando com o nascer do sol, e já tinha bastante carro indo e vindo na autoestrada. Perdi metade da viagem, já que peguei no sono.
- Estou com sede. - Choraminguei abrindo os olhos, minha boca estava seca, bem seca. O sol batia diretamente em meu rosto. - Alguém tem água?
- Não. Devíamos ter trazido umas garrafinhas. - Christopher comentou. - Em uns três km tem um posto. Vou parar pra abastecer e aproveitamos pra comprar água.
Assenti e voltei a fechar meus olhos. - Dá pra desligar o ar? Por favor.
- Aí morreremos todos de calor menina. - Abri meus olhos e o olhei, depois olhei para trás e vi que tanto Ivalú como Pedro estavam até de boca aberta no banco de trás. - Está com frio?
- Não. Só não curto muito ar condicionado, me deixa enjoada. - Christopher desligou o ar e abriu a janela. Ficava bem melhor com o ar puro batendo em meu rosto.
- Como conseguiu chegar até os Estados Unidos? São tipo, umas treze horas de vôo, não é?
- Remédio e umas boas horas de sono. - Ele riu. - Não tem graça, não faço isso de propósito. Sem contar a parte que eu odeio aviões. A sensação de estar lá em cima, presa dentro de uma ave mecânica e que podemos cair a qualquer instante é horrível. E quando vai aterrissar, meu Deus, é horrível.
- Nossa, você é bem exagerada viu.
- Não sou não. - Belisquei a costela dele.
- Para. - Ele se encolheu, chegou a sair um pouco da pista. Fiquei pálida com esse movimento. Os carros na contra mão e os que estavam atrás da gente bozinaram.
- Legal, eu quase causei um engavetamento agora. - Meus olhos ainda estavam arregalados. - Nunca mais eu faço isso. - Comecei a estralar meus dedos e vi o quanto eu estava trêmula.
- Ai, relaxa.- Christopher riu. - Eu já pesquei no volante umas duas vezes hoje e você nem viu. - Ele entrou no posto e estacionou.
- Christopher. - O repreendi. Sabia que não era seguro ele dirigir depois de mal ter dormido.
- A vida é bela meu amor. - Ele selou meus lábios e saiu do carro. O vi ir em direção à loja de conveniência. Encostei minha cabeça para trás e comecei a controlar a respiração tentando acabar com o enjôo. Tive que sair do carro quando percebi que não poderia mais impedir. Afastei-me um pouco do carro e fui até perto de uns arbustos e coloquei tudo pra fora.
- O que você tem? - Christopher chegou minutos depois, trazendo consigo duas sacolas. - Está se sentindo bem?
- Estou. - Passei meu cabelo pra trás. - Acho que foi o ar.
- Eu hein. - Ele pegou uma garradinha na sacola, abriu e me entregou. - Toma, vai se sentir melhor. - Peguei a garrafa e enxaguei a boca cospindo a água em seguida, depois tomei quase toda a garrafa. - Vai com calma. - Ele tomou a garrafa da minha mão. - Comprei um salgadinho, talvêz você se sinta melhor comendo algo de sal.
- Talvez. - Voltamos ao carro e enquando Christopher reabastecia comecei a comer os salgadinhos. O restante da viagem pude apreciar a paisagem. O mar azul de um lado e montanhas do outro.
Demorou mais umas três horas até conseguirmos chegar na casa de praia. Era lindo o local. A casa branca de bela faixada em madeira e vidro, uma escada ao fundo ligando a varanda da casa até a praia. A irmã de Christopher, a sobrinha e o cunhado já estavam na casa quando chegamos. Christopher fez as apresentações e então nos instalamos. Para nossa sorte, a irmã dele havia preparado o almoço. Comemos e então Christopher e eu apagamos no quarto.
Somente quando acordei, no meio da tarde, pude ver a bela paisagem através da sacada do quardo que estávamos. Ao contrário do apartamento clim de Christopher, ali a decoração era um pouco mais rústica.
- Ei. - Christopher me abraçou por trás beijando meu ombro. - Não gosto quando você foge.
- Pensei que estivesse dormindo.
- Estava, mas senti você se levantar e acordei.
- É lindo aqui Chris.
- Você acha?
- Agora sei porque sua mãe gostava tanto daqui.
- Ela era apaixonada por esse lugar. Quer dar uma volta?
- Eu quero.
- Coloca um biquini, aproveita pra pegar o sol da tarde.
- Ok. - Mordi de leve o braço dele e me soltei.
- Espera. - Ele tornou a me segurar. - Você melhorou? - Harram. Estou renovada, pronta pra próxima. - Apertei o nariz dele. - Agora deixe-me ir trocar de roupa e colocar um biquini bem sexy.
- À noite nós vamos ao centro pra vocês conhecerem a cidade tá? - O vi se jogar na cama enquanto procurava o biquini na mala.
- Sabe o que tenho vontade?
- O quê?
- Ir naquelas limousines que as pessoas alugam para dar uma volta na cidade, mas deve ser muito caro.
- Se irmos todos e dividirmos não deve ficar caro. Nunca fui, mas já vi vários turistas fazerem isso.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...