Estava sentada na sala de espera. Ao meu lado estão o professor Arturo e Ivalú. Abracei minhas pernas e apoiei meu queixo em meus joelhos.
Já havia passado mais de uma hora e nenhuma notícia de Christopher. Emily entrou acompanhada do marido desesperada.
— Onde está o meu irmão?
— Emily, fica calma.
— Não, eu quero saber como ele está.
Abaixei a cabeça e voltei a chorar soltando dolorosos soluços.
— Tudo bem Dulce, ele vai ficar bem. – Arturo acariciou minhas costas.
— É minha culpa, é minha culpa.
— Dulce, o que aconteceu? — Emily se aproximou e eu não consegui olhá-la. Como explicar à irmã dele que eu o empurrei para debaixo de um carro em movimento?
Flash Back
— Dulce, me escuta. Eu juro que eu não tive culpa.
— Eu já disse para me deixar em paz Christopher, eu não quero saber de você. — Esperei o semáforo fechar e atravessei a rua. Sair para caminhar no dia seguinte e tentar espairecer um pouco não foi uma boa ideia contando que Christopher estivesse na porta da SE e tivesse me seguido até o centro.
— O que você viu não foi o que aconteceu.
— Jura Christopher? Um garoto que eu não sabia nem da existência vir me dizer que você estava com a vadia da sua ex namorada e quando chego para ver do que se tratava ela te leva para a pista de dança e te beija bem na minha frente. Você não fez nada, literalmente nada para impedi-la. Me deixou sozinha naquela mesa e foi beber depois de eu dizer que não era para você beber.
— Dulce. — Christopher segurou meu braço e eu o empurrei para o lado. Vi em câmera lenta ele caminhas desequilibradamente para o asfalto e um carro bater com tudo nele.
Ele foi lançado por pelo menos uns quatro metros à frente.
— Christopher! — Gritei seu nome e tapei minha boca em seguida. Ele estava desacordado no chão e uma multidão começava a se formar ao seu redor.
— Alguém liga para a emergência! — Uma voz gritou.
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— Foi um acidente amiga, por favor, não se culpe.
— Eu preciso vê-lo, eu preciso. — Desci da cadeira e saí desesperada procurando por Christopher.
Abri porta por porta, mas não o encontrei em nenhuma. Subi pela escada até o próximo andar e recomecei minhas buscas. Quando abri a quinta porta eu o vi.
Ele estava com a cabeça enfaixada, um corte na boca e arranhões por todo o braço.
— Chris? — Chamei-o e caminhei em sua direção. — Diz para mim que você está bem, por favor. — Ouvi-o soltar um suspiro bem fraco e abrir os olhos.
— Dulce? — Sua voz saiu bem fraca.
— Eu estou aqui, eu estou aqui. — Acariciei seu rosto. — Me perdoa, por favor, me perdoa, eu não queria, eu juro.
— Você me deve uma camiseta nova. — Christopher sorriu esticando a mão para mim. Sem hesitar eu debrucei-me sobre ele e o abracei. — Au.
— Desculpa, desculpa.
— Tudo bem, não chora, eu estou bem.
— Eles não foram dar nenhuma notícia, pensei que tivesse acontecido o pior.
— O médico acabou de sair daqui, acho que se desencontraram.
— Pensei que iria te perder.
— Eu disse que não deixaria você não disse? — Assenti. — Me desculpa por ontem...
— Não fala nada. — Selei os lábios dele. — Eu já esqueci, eu juro.
— Ei, para de chorar. — Christopher passou as costas das mãos em meu rosto enxugando as lágrimas. — Não foi tão grave assim, não quebrei nada. Só terei que usar essa coleira aqui por um tempo.
— Não é coleira.
— É assim que você falou aquela vez, lembra? — Sorri sem graça.
— Você fica muito lindo assim, na verdade, fica de qualquer jeito. Quando está dormindo, quando está chateado, quando está pelado, na verdade quando está pelado é mais bonito ainda.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...