A volta para casa só não foi mais tensa porque Yuri conversou todo o trajeto comigo. Tentei manter-me o máximo focada na conversa já que Christopher parecia me fuzilar com o olhar o tempo todo.
— Posso te fazer uma pergunta?
— Claro.
— Há alguma probabilidade do boato de está rolando ser verdade?
— Hmm, qual boato?
— Você... você e o seu professor. – Arregalei meus olhos e o encarei.
— Como assim?
— Ouvi uma garota falar que tinha quase toda a certeza que vocês dois tinham algo, e bom, eu notei como ele olha para você.
— Não, claro que não! Ele é meu professor, lembra? E cara, eu tenho namorado, já te disse, não acredite em ninguém.
— Não quis lhe ofender.
— Não me ofende, é só que conheço as regras. – E mesmo assim as quebrei. Pensei sozinha. – É apenas que tentamos ser amigos, mas não misturamos o ambiente de trabalho com a vida pessoal, sabe?
— Entendo, mas em fim, isso não é da minha conta né? – Forcei um sorriso enquanto minha mente explodia de curiosidade.
Aliás, quem saberia disso a ponto de comentar algo assim?
Assim que chegamos na SE, tomei um banho e já dentro do TAXI mandei uma mensagem para Christopher. A gente precisava conversar urgentemente.
"Precisamos conversar. É urgente."
A primeira mensagem foi ignorada e juro que quis bater nele até desconfigurá-lo.
"Christopher, é sério, eu estou indo para sua casa."
"O que você quer?"
O tom frio dele tinha motivo, mas não me importei.
Assim que cheguei fui logo subindo. Uma das vantagens do porteiro já estar acostumado com sua presença é esta.
Toquei a campainha e esperei que ele abrisse. Ele abriu e saiu da frente se jogando no sofá.
— O que você quer? – Notei que ele estava bebendo cerveja, e já haviam duas latas vazias jogadas no chão próximo ao sofá.
— É sério isso?
— O quê? – Ele pegou o controle remoto e começou a mudar de canal sem parar.
— Olha, eu vou ser bem rápida, não se preocupe. – Apoei-me na maçaneta. – Eu não sei quem, nem como, mas alguém sabe da gente.
— Claro que sabe. O Arturo, seus amigos, o Rodrigo, não é novidade.
— Dá para parar de agir feito... feito... – apertei a maçaneta.
— Um imbecil? Oh querida, me desculpe, mas você não é a única que tem direito de ficar irritada aqui.
— Christopher, está rolando boatos na SE sobre a gente, será que dá para desligar essa porcaria de televisão e prestar atenção no que eu estou falando? – Bati a porta com força e fui até ele arrancando a maldita lata de cerveja e o controle da mão dele. – Ou a gente conversar sobre isso ou acabou está me ouvindo?
— Não se preocupe, depois de terem visto você com aquele japa, hipoteticamente falando, a probabilidade de você e eu estarmos juntos é zero.
— Não dá para falar com você. Não nesse estado.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...