[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)

Capítulo 92

Nos dias que se seguiram eu tentei de tudo para esquecer esse assunto. Pensar que Christopher não só voltaria a dar aula na SE era desesperador para mim, mesmo sabendo que nem Rodrigo nem Bianca estariam lá para tentar fazer algum mal para nós.

Fora esse fato, a Lua de Mel correu às mil maravilhas. Christopher como sempre um verdadeiro príncipe me tratando como uma princesa. Fazia tudo para me satisfazer, não importava o que era.

— Christopher? — Cutuquei o ombro dele.

Já passava de três da manhã e eu não conseguia pregar o olho. Estava meio cansativo isso, já que eu ficava parte da noite acordada sozinha e durante o dia eu me sentia cansada.

— Chris, acorda.

— Hmm? — Ele resmungou virando o rosto para o outro lado.

— Não consigo dormir, fica acordado comigo.

— Dulce, olha a hora.

— Eu sei que está tarde, mas se você não ficar acordado comigo, eu vou sair sozinha por aí até me sentir cansada o suficiente para conseguir dormir.

— Chantagem não vale. — Ele se virou de frente para mim e acariciou minha bochecha. — Não precisa chorar.

— Eu não estou chorando. — Ainda não estava. Os hormônios gostavam de me fazer chorar e eu me sentia uma boba perto dele quando isso acontecia.

— Vem cá.Vamos ficar abraçadinhos.

Christopher me puxou para si e ficamos deitados de conchinha. Eu gostava daquela posição pois me sentia segura com ele.

— Eu queria poder deitar de barriga para baixo, é tão bom.

— Sim, mas não pode.

— Chris?

— Oi?

— Acha que eles vão gostar da gente? Que nós seremos bons pais?

— Não. — Ele começou a acariciar meu cabelo. — Eles não vão gostar, vão amar. E nós não seremos bons pais, seremos os melhores. Esses dois seres aí dentro são tão amados que qualquer um no mundo gostaria de ter a terça arte desse amor.

— Não vejo a hora de poder ver o rostinho deles. De poder pegá-los no colo.

— Eu também meu amor.

— Chris?

— Diga.

— Eu estou com fome.

— Dulce, o serviço de quarto para de funcionar à meia noite.

— Não é vinte e quatro horas?

— Não. — Suspirei. Eu realmente estava faminta.

— Ah, que pena. Eu gostaria de comer um pedaço de bolo com sorvete.

— Isso não é um desejo, é? Porque eu não faço a menor ideia de onde achar isso a essa hora em um local onde só tem hotéis, resorts e quiosques.

— Tudo bem. Deixa para amanhã, eu acho que aguento. — Fechei meus olhos e fiquei sentindo o carinho dele em minha cabeça.

Não sei quanto tempo leve para conseguir dormir, mas sei que não foi muito. Depois da insônia durante a madrugada, acabei perdendo a manhã inteira dormindo.

— Christopher?

Chamei, mas ele não me respondeu. Ao contrário dos outros dias, ele não estava na sacada. Tomei um banho demorado e quando tornei a sair do banho, Christopher entrou no quarto, apenas de bermuda e com a camisa jogada nos ombros.