Senti o choque térmico ao sair do carro. Christopher saiu também e nos encontramos na frente do carro. Entreguei a ele o copo de chocolate quente dele e beberriquei um pouco daquele líquido quente. O sol estava se pondo no horizonte e podíamos ver as luzes que começavam a clarear São Francisco. Sentei-me no capô do carro e Christopher fez o mesmo ao meu lado.
— E então? O que acha?
Tentadora a proposta. Passar um fim de semana a sós com ele em Los Angeles. Sorri.
— Claro que aceito. Uma pena que está frio e não poderemos usar a piscina.
— Tenho planos melhores, menina. — Christopher passou o braço em volta de mim e me puxou parar mais perto dele. Pude sentir o calor instantaneamente.
— Ah, é? — Virei minha cabeça para ele e ele assentiu. — Por obséquio poderia me dizer quais são esses planos?
— Não. Gosto de fazer surpresas.
— Gosto de suas surpresas. — Tomei mais um gole do chocolate sem tirar os olhos do horizonte.
— Direito?
— Como? — Indaguei sem saber do que Christopher falava.
— Sua prova será sobre direito. Não consigo ver você como advogada.
Fiz careta e ele riu.
— Não seria minha única opção.
— E qual mais? Promotora?
— Delegada. — Dei meio sorriso imaginando-me fantasiada de policial tendo Christopher algemado na cama.
— Hmm, eu não iria permitir isso.
— Ah, não?
— Não. Você iria trabalhar ao lado daqueles homens de farda o dia inteiro, imagina só que eu iria deixar. Seria muito arriscado.
— Ciumento.
— Olha quem fala.
— Mas é sério mesmo isso? Direito não é muito perigoso, tipo, trabalhar com criminosos e essas coisas, não te dá medo?
— Um pouco, porém não pretendo trabalhar na criminalística. Há casos interessantíssimos no qual poderia trabalhar. Guarda de crianças, divórcio e mais um monte de coisa sabe.
— Estou tentando te imaginar de roupa social, deve ficar muito sexy. Principalmente de saia secretária.
— Chris meu amor, eu sou linda de qualquer jeito.
— Concordo plenamente. — Virei meu rosto para ele no instante que ele virou seu rosto para mim. Rocei meus lábios e meu nariz no dele e então deixei ele me beijar. Um beijo doce e quente com um sabor bem leve de chocolate.
Apartei-me do beijo e fechei meus olhos. Christopher começou a rir no mesmo instante que eu.
— Do que está rindo? — Perguntou e minhas bochechas coraram. — Acho que tivemos o mesmo pensamento.
— Depende. Do que está falando.
— Algemas, fantasia, cama.
— Christopher! — O repreendi e me auto repreendi em pensamento por ter conseguido pensar nisso.
— Pode me prender o quando quiser.
— Sua pena seria longa, amorzinho.
— E não posso pagar fiança?
— Como?
— Assim.
Christopher tomou meu copo de chocolate e junto com o dele colocou no chão. Depois disso ele veio até mim começando a me beijar fazendo meu corpo ir para trás até estar completamente deitado no capô.
Soltei um gemido fraco sentindo as mãos gelada dele entrarem em baixo de minha blusa e acariciarem minha cintura. Quando o clima estava esquentando ele se afastou e me encarou. Havia desejo em seu olhar e sabia que ele me queria ali mesmo.
Senti uma gota gélida cair em minha testa e olhei para cima. Gotas de água fortes começavam a cair do céu.
— Não vai rolar né?
Neguei. Fazer sexo com Christopher no capô do carro no forte de São Francisco sob a chuva nesse frio não seria possível.
— Vamos para o carro. — Christopher assentiu e saiu de cima de mim.
Em instantes estávamos os dois terminando de tomar o chocolate quente enquanto nos aquecíamos ao som de Ed Sheeran.
— E você Chris? Se não estivesse escolhido essa profissão, o que você teria escolhido?
— Iria ser bombeiro. — Arregalei meus olhos.
— Ainda bem que escolheu essa.
— Por quê? Algo contra homens de farda?
Arrumei-me no bando ficando de frente para ele.
— Não. Você ficaria muito gostoso de farda, mas eu prefiro você, vivo, de camiseta e jeans, do que de farda e morto.
Odiei o fato de minha voz ter saído tão falha. Desviei meu olhar e limpei a garganta. Christopher passou meu cabelo para trás da orelha e segurou meu rosto fazendo-me encará-lo.
— E eu prefiro estar aqui agora com você, do que qualquer outra coisa menina.
Christopher me beijou de forma fugaz. Sem me importar com a chuva que agora caía forte lá fora, me deixei levar. Não faço ideia de como ele teve tanta facilidade em me despir, embora ele tenha murmurado algo quando tentou tirar meu jeans apertado.
Sentada em seu colo de frente para ele, com uma perna em cada lado de seu corpo, deixei que ele beijasse meu corpo. Os beijos intercalavam entre meu pescoço, ombros e seios. Senti um desconforto que eu não sentia antes, mas nada se comparou quando decidimos levar adiante e me sentei em seu membro. Senti uma dor estranha e não consegui evitar soltar um grunhido de dor.
— O que foi? Te machuquei?
— Não. — Deitei minha cabeça em seu ombro.
— Certeza?
— Harram. — Mordi seu ombro quando comecei a me movimentar sobre ele e só parei de morder quando a dor desapareceu, ainda que não por completo. Eu sentia cólica em cada penetração.
Não consegui alcançar meu ápice e Christopher percebeu isso, já que, quando ele chega ao orgasmo, eu já tive no mínimo dois.
— Dulce? — Christopher afastou meu corpo do dele e me fez encará-lo. — Está tudo bem?
— Não é nada. Só estou com cólica.
— Está? Desculpa, porque não falou antes, eu não... — Pousei meu dedo nos lábios dele fazendo-o se calar.
— Eu te amo Chris. — Sussurrei.
Ele abriu a boca para falar algo, mas como se as palavras tivessem sumido de sua boca, ele se calou.
— É melhor eu me vestir.
Saí de cima dele e em silêncio comecei a me vestir. Christopher fez o mesmo. Ainda em silêncio, ficamos ali no banco de trás. Christopher se encostou na porta e me puxou para seus braços, onde tirei um bom cochilo.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...