Untitled Part 57

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Patinação no gelo. Está aí uma coisa que eu nunca pensei em fazer e mesmo assim lá estávamos nós cinco na pista de patinação na União Square no centro de São Francisco.

— Eu não sei patinar Christopher.

— Já andou de patins? — Ele me estendeu a mão e eu fiquei de pé com a ajuda dele, mesmo assim minhas pernas estavam bem trêmulas.

— Já, mas é diferente, o patins tem rodas, aqui é outra coisa.

— Eu vou estar com você o tempo todo, não se preocupe. — Ele me guiou até a pista.

— Não me solta, por favor.

Havia um número considerável de pessoal ali. Vi Claire se distanciar sozinha e senti vergonha alheia. Uma criança sabia patinar no gelo e eu não, isso era mesmo muito engraçado.

— É a mesma coisa que os patins, Dulce, você conhece as regras.

— É? Fala isso para minhas pernas.

— Olha pra mim. — Christopher ficou na minha frente. — Confie em mim, tá? — Ele depositou um beijo em minha testa e então começou a se afastar de costas.

— Ah não, não faz isso. — Olhei para os lados e tudo que via era pessoas patinando. — Christopher!

— Vem. — Ele gritou e começou a patinar em volta da pista. Algumas pessoas passavam e me olhavam de forma estranha.

— Eu vou matar você Christopher. — Ele me olhou e arregalou os olhos. O vi vir em minha direção mas olhando para algo atrás de mim. Quando me virei vi um cara de quase dois metros de altura vindo em minha direção desequilibradamente. Impulsionei para frente para me desviar dele e também perdi o controle.

— Droga, saiam da frente! — Gritei desesperada, se eu freasse seria bem pior. Alguns parava, outros se desviavam e quando dei por mim estava batendo com tudo na parede de proteção. Meu corpo se virou por cima e foi parar do outro lado.

Quando abri os olhos haviam um monte de cabeças paradas do outro lado me olhando e algumas pessoas correndo em minha direção.

— Dulce! — A voz dele era de desespero. — Droga, saiam da minha frente.

O punho deslocado, o nariz sangrando e um corte na testa foi o que consegui e Christopher estava se sentindo tão culpado que eu não consegui nem ficar brava com ele.

— Como ela está? — Ouvi a voz de Emily e olhei para a porta.

— Está bem. Já pode até ir para a casa. — O médico falou e eu desci da maca. — Não foi nada grave.

— Desculpa. — Christopher passou meu cabelo para trás da orelha.

— Não precisa me pedir desculpa.

— É culpa minha, eu insisti e ainda deixei você sozinho.

— Ele teria batido em nós dois Chris. Poderia ter sido pior.

— Eu poderia ter tirado você do caminho antes que ele chegasse.

— Já passou tá bom? — Selei os lábios dele. — Será que podemos ir comer alguma coisa? Estou com muita fome.

— Vamos só deixar a Emily em casa e a gente vai comer. — Assenti. — O que você quer comer?

— Tanto faz.

— Vou ter que procurar na internet onde encontro "tanto faz" para comer, porque ainda não descobri.

— Bobo. — Sorri e o abracei.

Deixamos Emily em casa e depois fomos a uma lanchonete e no final da tarde Christopher me levou para a SE.

Contei a Ivalú o que havia acontecido e ele ficou pelo menos uma hora rindo toda vez que olhava para mim.

— Com uma amiga como você quem é que precisa de inimigos hein?

— Ai amiga, desculpa, mas eu não consigo não rir. Daria tudo para ter visto a cena.

— Não foi bonita, não foi engraçada. Doeu e ainda dói. — Joguei o travesseiro nela pegando-a de surpresa.

— Au.

— Viu? Dor é ruim né? Eu quase quebrei meu nariz, poderia ter quebrado o pescoço e aí eu queria ver se você iria estar rindo agora.


— Chata. Ainda bem que está viva, assim sendo, eu posso rir. — Mostrei meu dedo do meio a ela e ela riu ainda mais. — E ontem? O que fizeram?

— Fomos ao aniversário da Claire.

— E foi bom?

— Não. Foi um tédio.

— Sério? Festa de criança é sempre animada.

— Acredita que uma ex-namorada dele apareceu? Hannah o nome dela. Eles namoraram no ensino médio. Terminaram por causa da faculdade e só foram se reencontrar ontem.

— E porque será que estou sentindo uma pontada de ciúmes em sua voz?

— Porque ela não me desceu sabe, e cara, ela é muito linda, chego a me sentir humilhada em pensar nela.

— E ele? Como reagiu?

— Ficou um tempão conversando e rindo com ela enquanto eu fiquei na cozinha sozinha.

— Você nasceu burra assim mesmo ou fez curso Dulce? Deixou os dois conversando sozinhos mesmo sentindo-se ameaçada por ela?

— Eu não aguentei ficar perto dela, aliás, ela quase o comeu com os olhos na minha frente, eu não era obrigada a ver essa cena. Mas já passou né?

— Jura? Porque dá para ver na sua cara que não passou.


[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora