Capítulo 30

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Passeamos os dois pela orla da praia enquanto conversávamos. Ivalú e Pedro tinham saído enquanto nós dois dormíamos e a irmã e o cinhado de Christopher brincavam com a filha na piscina. O local era maravilhoso. Entendi bem porque a mãe dele gostava dali. A brisa trazida pela água do mar, o som das ondas quebrando, os pássaros voando contra o laranja do por do sol. Eu viveria minha vida inteira ali sem pensar duas vezes.

Pela noite depois que Ivalú e Pedro voltaram, nós quatro fomos dar uma volta no centro que era um pouquinho longe, mas valeu a pena. Christopher nos levou para conhecer a calçada da fama e muitos outros lugares famosos no centro de Los Angeles.

- Vocês querem comer alguma coisa agora? - Estávamos no centro da Hollywood Boulevard quando ele perguntou isso. De mãos dadas a ele, eu observava o local completamente iluminado. - Ou preferem dar uma volta de limousine? - Eu sorri. Ainda bem que ele não se esqueceu. Não que eu não tivesse entrado em uma há menos de vinte e quatro horas atrás, mas agora seria diferente. Não seria apenas para me levar até o apartamento dele e sim ao lado dele e dos meus dois melhores amigos.

- Eu aceito a segunda opção. - Falei. - Depois podemos comer alguma coisa e aí vamos embora.

- Nós não vamos embora tão cedo menina. - Christopher soltou minha mão e segurou meu rosto me fazendo encará-lo.

- Ah não?

- Não. Vou levar vocês em um lugar muito especial depois. - Ele selou meus lábios demoradamente. - Mas é surpresa.

- Você adora me deixar curiosa não é? - Mordi o queixo dele.

- Só um pouquinho. - Christopher me beijou. Um beijo calmo e doce.

- Vocês dois são diabetes pura, credo. - Ivalú falou e eu ri entre o beijo.

- Não diria isso se estivesse passado a noite com a gente. - Falei depois de me apartar dos lábios de Christopher e ele arregalou os olhos. - O que foi? Não estou mentindo.

- Definitivamente eu prefiro não saber o que houve essa noite entre vocês dois. - As bochechas dela coraram. - É melhor a gente ir não é? - Assentimos.

- Você atiçou um lado desconhecido da nossa amiga Christopher. - Pedro falou e depois riu.

- Cala a boca Pedro. - Grunhi lhe dando um tapa forte no braço. Christopher começou a rir.

- Tenho que confessar, o lado que aticei dela é muito bom.

- Ah Christopher, eu vou matar você. - Christopher saiu correndo na nossa frente e eu saí correndo atrás dele tendando dar nem que fosse um tapa. Como ele ousava falar isso de mim?

- Me mata mais tarde lá no quarto menina. Aqui não, há muitas testemunhas. - Ele gritou. Alcancei-o e o puxei pela gola da camiseta.

- Filho da...

- Shh, sem palavrões menina. - Ele tapou minha boca e eu mordi sua mão. - Você não fala essas barbaridades quando estamos sozinhos entre quatro paredes. - Ele sussurrou.

- E nem vou falar. - Dei de ombros olhando Pedro e Ivalú rirem de nós dois. - Não me desmoralize na frente dos meus amigos Chris, eu sou um anjinho ok? Não faço essas coisas.

- Foi você quem começou, não me culpe. - Ele me roubou um selinho depois tornou a segurar minha mão e fomos onde alugavam as limousines.

- Eu posso, você não.

E lá estávamos os quatro dentro da enorme limousine preta dando uma volta pela badalada Los Angeles, com direito a champagne, uvas e morangos. Christopher se levantou colocando parte do corpo para fora pelo teto solar e me estendeu a mão me levando para ficar em pé junto com ele.

- Está gostando? - Ele tirou o cabelo que estava em meu rosto e o prendeu atrás de minha orelha.

- Está brincando né? Eu estou adorando Chris. - Ele sorriu e me roubou um beijo rápido. - Você não existe sabia? - Beberisquei um pouco de champagne.

- Existo sim, espera aqui. - Ele se abaixou e voltou com um mini taça com alguns morango e uvas. - Eu sou real, bem real. - Ele pegou um morango e o rolocou entre seus dentes, então eu mordi o pedaço que ficou para fora de sua boca e em seguida ele me beijou. Dessa vez um beijo mais demorado. Uma de suas mãos apertaram minha cintura.

- Ei vocês dois aí em cima. - Pedro se levantou entre nós dois nos fazendo separar. - Esperem chegar em casa pelo menos ok?

- Pedro. - Ivalú surgiu atrás de Christopher com uma voz autoritária. - Deixe os dois pombinhos.

- Isso mesmo Pedro. Vai cuidar da tua mulher e deixe nós dois em paz. - Dei de ombros empurrando Pedro pra cima de Ivalú. Puxei Christopher pela gola da camisa. - A noite é uma criança. - E então voltei a beijá-lo.

Foi uma hora dando uma volta pela movimentada Los Angeles. Tiramos fotos, muitas fotos. Depois do passeio em Los Angeles, Christopher nos levou em um restaurante maravilhoso e bem movimentado.

- Onde vamos agora? - Perguntei vendo Christopher se afastar do centro da cidade. Ivalú e Pedro conversavam algo no banco de trás.

- É segredo menina. - Ele acariciou minha perna descaradamente, torci para que nem Ivalú nem Pedro tivessem visto a cena. Meu queixo quase foi ao chão quando Christopher finalmente disse onde nos levaria. Estávamos agora, os quatro, depois de uma lona caminhada, perto do letreiro de Hollywood. A vista lá de cima era maravilhosa. Sentei-me em uma pedra entre as pernas de Christopher e ele me abraçou por trás. Fechei meus olhos encostando minha cabeça em seu peito. - Gostou da surpresa?

- Adorei. Nunca pensei que um dia viria aqui. Sempre me surpreendendo.

- Sempre. - Christopher segurou meu queixo e me fez virar um pouco a cabeça. Nossos lábios se tocaram por poucos segundos, depois abri minha boca e deixei que ele me beijasse. Virei um pouco meu corpo para ficar em uma posição mais confortável e deixei que ele aprofundasse o beijo. Christopher o fez. Suas mãos acariciaram minha cintura e perna. Por um momento me esqueci que não estávamos a sós. Apartei-me dele e dei uma olhada. Iva e Pedro se agarravam em um outro canto sequer notando nós dois.

- Eu quero você. - Sussurrei e Christopher sorriu.

- E eu a você. - Ele olhou em volta como se verificasse algo. - Vem comigo. - Ele se levantou e me ajudou a me levantar. - Pessoal a gente já volta, esperem aqui. - Falou com Ivalú e Pedro que assentiram, depois ele me puxou pela mão. O acompanhei sem fazer ideia do que ele iria fazer. Seguimos pela trilha e subimos uma pequena ladeira. Óbvio que Christopher me ajudou a subir.

- Onde está me levando Chris?

- A lugar algum. - Chegamos a um lugar com algumas poucas árvores, mas um pouco escondido. - Acho que podemos ficar por aqui. - Christopher me encostou no tronco de uma árvore.

- Mas o que voc... - Ele me calou com um beijo caloroso. Suas mãos subiram um pouco minha blusa e seus lábios desceram dos meus até meu pescoço. - Christopher, vão ver a gente.

- Não vão não. Pedi que não saíssem de lá. - Ele mordiscou o óbulo de minha orelha e isso fez eu perder todo meu sentido. Christopher desceu as mãos até meu short e o desabotoou e sem minha ajuda o tirou junto com minha lingerie. Depois desabotoou a própria calça e apenas a abaixou um pouco junto com sua cueca. Ele me pegou pela cintura e me ergueu um pouco, me encostou contra a árvore e me fez rodear as pernas em seu quadril. Soltei um gemido alto quando ele me penetrou, embolando meus dedos em seus cabelos ondulados. - Shh. - Ele tapou minha boca e começou a se movimentar. Meus gemidos saiam abafados em sua mão. Fechei meus olhos sentindo-o me levar à loucura. Christopher era maravilhoso. Não demorou muito até chegar ao clímax e eu soltar um gemido tão alto que nem mesmo as mãos de Christopher foram capazes de abafá-los. Ele continuou até ele chegar ao seu máximo.

Esperamos nossos corpos baixarem um pouco a temperatura e só então fomos chamar Pedro e Ivalú para voltarmos pra casa. Voltamos em um silêncio constrangedor. Tinha certeza que eles haviam sacado o que havia acontecido.

[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora