Christopher me colocou propositalmente na equipe dele no acampamento o que me impossibilitou de ficar longe do campo de visão dele. Os alunos mais novos foram divididos em algumas cabanas de madeira e nós, os mais velhos em barracas.
O primeiro dia foi o mais tranquilo com explicações sobre o que faríamos, regras do local e etc.
Pela noite fizeram uma grande fogueira onde juntos, professores e alunos conversavam, cantavam, contavam histórias enquanto assavam marshimellows exatamente como nos filmes. Do outro lado da fogueira Christopher me encarava, e apesar da chama pude ver seus olhos. Vi quando ele se levantou e foi rumo aos banheiros.
- Eu já volto. – Falei com Ivalú após um tempo.
Torcendo para que ninguém tivesse notado a ausência de Christopher fui à sua procura.
- Sabia que viria. – Ele falou encostado na árvore, agora atrás de mim.
- O que você quer.
- Ver você.
- Pensei ter dito que queria um tempo.
- Eu não aguento mais ficar longe de você menina. Sinto sua falta. – Ele segurou minhas mãos.
- Não faz assim.
- Sei que também sente minha falta.
- Eu sinto.
- E está funcionando ficar longe de mim? – Neguei.
- Eu te amo. – Procurei os lábios dele. Christopher me beijou com fervor. Suas mãos acariciavam minha cintura por debaixo de minha camiseta.
- Vem comigo. – Assenti. Christopher me puxou pela mão para dentro da mata. – Cuidado com onde pisa.
- Ok.
Chegamos a um rancho afastado que parecia ter sido abandonado. Pelo menos por fora. Por dentro estava muito bem arrumado.
- E se pegarem a gente?
- Esse lugar é do imbecil do meu pai Dulce. Única coisa que conheço que é dele.
- Está falando sério? Ele vem aqui?
- Não. Ainda está no nome dele, mas sou eu quem possuo a chave disso. – Ele trancou a porta. Havia apenas uma luz fraca iluminando um pouco o local. – Christopher veio até mim já arrancando minha blusa. Quando dei por mim já estava completamente nua nos braços dele.
- Não me faça esperar. – Pedi passando meus dedos sobre os lábios dele. Christopher me penetrou com intensidade e eu soltei um gemido rouco. Levei minhas mãos aos seus cabelos embolando meus dedos neles. – Mais rápido. – Pedi de olhos fechados, hora ou outra, meus lábios roçando os dele sem completar o beijo. Christopher segurava uma de minhas pernas envolta à sua cintura enquanto apoiava o próprio corpo no outro braço.
Soltei um gemido prazeroso sentindo o primeiro orgasmo se aproximar e então o beijei. Tive a leve impressão de que havia relampeado mas ignorei esse fato. Talvez fosse da minha cabeça.
Nos amamos diversas vezes até não aguentarmos mais e quando já estava quase adormecendo Christopher me despertou. Tinha que deixar o corpo quentinho dele e a cama confortável para voltar à barraca onde teria que dormir sozinha em um saco de dormir.
No dia seguinte eu estava destruída, porém satisfeita. E tudo valeu a pena por acordar e ver Christopher sentado no refeitório com um sorriso bobo no rosto. Sorri de volta e Ivalú me deu uma cotovelada na coluna.
- Ai, isso dói caramba. – Peguei minha bandeja e fui me sentar.
- Dá para deixar menos na cara. – Ela me seguiu. Sentamos em uma mesa vazia. – Afinal que horas você voltou? Eu nem vi você chegar.
- Nem sei. Perdi a noção do tempo, está vendo minhas olheiras? – Apontei meu rosto.
- Espero que esteja muito a fim de fazer exercícios hoje. – Ela deu de ombros encarando alguém atrás de mim. – Aquela garota não para de olhar pra cá. – Antes que eu pudesse perguntar quem ela continuou. – A amiguinha da Bianca.
- Ah, deixa ela. – Dei de ombros tomando um pouco de leite. – Uma pena ela estar na nossa equipe. Não dá nem pra sacanear.
- Não começa Dulce. – Revirei meus olhos.
Uma hora depois estávamos prontos para começar uma caça à bandeira. A equipe que chegasse primeiro ganharia um prêmio surpresa.
Enquanto caminhávamos Christopher, Pedro e eu olhávamos um mapa.
- Acordou bem? – Christopher perguntou disfarçadamente.
- Eu estou morrendo de sono.
- Será que dá para focarem na tarefa? – Perguntou Pedro. – Não preciso saber da intimidade de vocês.
- Vá se ferrar Pedro. – Mostrei o dedo do meio para ele e Christopher riu. Senti um baque forte contra meu estômago que me fez voltar dois passos e bater com Ivalú que estava bem atrás de mim.
- O que foi? – Perguntei irritada massageando a barriga. Christopher havia parado e colocado o braço na frente me impedindo de andar.
- Desculpa, te machuquei?
- Imagina. – O fitei. A amiga de Bianca disfarçou o riso. Christopher se abaixou e afastou umas folhas, de baixo dela saiu uma armadilha. Fiz careta só de pensar que aquilo teria prendido minha perna e então rapidamente minha raiva passou e a cara da retardada mudou completamente.
- Caçadores. – Christopher resmungou desfazendo a armadilha. – Fiquem atentos, podem haver mais desse ou de outro tipo por aí.
O fato de desarmarmos mais quatro armadilhas nos atrasou muito e acabamos chegando em terceiro lugar, mas não me importei muito. Eu já tinha o meu prêmio e ele ninguém tiraria.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...