Abri meus olhos e a primeira coisa que vi à minha frente foi minha aliança e uma jarra com lírios brancos.
Sentei-me na cama e peguei a aliança. Porque Christopher estava fazendo isso? Já era doloroso de mais pra mim, e ele ainda fazia isso.
Peguei meu celular e dei uma olhada. Havia apenas uma mensagem de Christopher.
"Me encontra no parque de sempre assim que acordar. Me manda uma mensagem quando sair."
Olhei mais uma vez a aliança no criado mudo, suspirei, levantei e fui tomar um banho, me arrumei e respondi a mensagem.
Antes de sair coloquei a aliança no bolso a fim de entregá-la novamente.
Fui caminhando lentamente para o parque enquanto ouvia um pouco de música no fone e ensaiava mentalmente o que eu iria dizer. Tive a ligeira impressão de estar sendo seguida. Olhei diversar vezes para trás e não vi ninguém que aparentava estar me seguindo.
- Sentei-me em baixo da árvore que eue stava sentada quando vi Christopher ali pela primeira vez. Ainda me lembro como ele estava suado devido aos exercícios físicos e mesmo assim tinha uma cheiro tão bom.
- Dulce? - Arregalei meus olhos quando vi Rodrigo. Levantei-me depressa pensando em algo. Se Christopher chegasse ali tudo iria por água abaixo.
- O... o que faz aqui? - Olhei em volta na esperança de ver Christopher.
- Eu vim atrás de você. Sinceramente, não sei quem é o garoto com quem você anda saindo, mas sei que ele tem feito muito mal a você.
- Do que está falando Rodrigo?
- De como você tem agido. Respondendo as pessoas, se portado mal.
- E o que você tem a ver com isso?
- Você não era assim.
- As pessoas crescem. Eu não sou mais aquela garotinha que você dava aula, eu cresci ok? E fico com quem eu bem entender. - Cruzei meus braços tentando me manter firme sob seu olhar. - E olha, o que eu te disse no elevador aquela vez, ainda está valendo.
- Eu gosto de você Dulce e me preocupo, de verdade. Porque não me dá uma chance?
- Chance? - Eu dei uma gargalhada sarcástica mas ele se manteve sério. - Nunca. Jamais. Você é velho de mais pra mim.
- Idade não impede ninguém de amar.
- O que você sente por mim, não é amor, é no máximo uma paixão. Você tem uma fissura por mim, ou acha que nunca percebi isso? O jeito como me olha, como fala comigo, como age perto de mim.
- Viu, se você percebeu é porque no fundo você sente algo. - Ele deu um passo em minha direção e eu recuei batendo minhas costas contra o tronco da árvore. - Deixa eu provar que eu posso ser um cara legal. - Ele segurou meus braços me encarando. Desviei meu olhar, porque eu pude ver um olhar estranho vindo dele. Um olhar de desejo. Pela primeira vez desejei que Christopher chegasse rápido.
- Se afasta de mim. - Tentei me soltar. - Rodrigo, você está me machucando.
- Olha pra mim Dulce. - Fitei o chão sentindo a primeira lágrimas escorrer. Eu não tinha força nem pre gritar pra alguém me ajudar. Rodrigo me dava medo. - Olha pra mim. - Ele soltou um de meus braços e segurou meu queixo. Fechei meus olhos quando os lábios dele tocou os meus. Tentei me debater mas Rodrigo era forte de mais.
- Solta ela. - Ouvi a voz de Christopher e logo em seguida Rodrigo ser puxado para longe de mim. Christopher lhe lançou um soco no olho esquerdo e eu soltei um grito de desespero. Eu estava com raiva e medo, mas Christopher não podia bater no professor Rodrigo. Ambos começaram a rolar sobre a relva entre socos e pontapés. Tentei puxar Rodrigo quando vi que ele estava por cima de Christopher e o socava sem parar, mas ele me empurrou com tanta força para trás que eu tropecei no prório chão e caí batendo a lateral da cabeça em uma árvore atrás de mim. Me senti atordoda com o baque. Tudo começava a perder o sentido. Vi a multidão que se formara girar como um carrossel a meu redor.
- Está tudo bem? - Ouvi uma voz perguntar, mas parecia distante. Senti meus olhos fraquejarem, mas tentei lutar contra isso. - Ah meu Deus, mantenha-se acordada. Alguém chama uma ambulância. - Gritou.
- Dulce. Dulce. - Agora era a voz de Christopher. Ele vinha a meu encontro, o rosto um tanto ensanguentado. Tentei ver onde estava Rodrigo, mas não foi possível. - Menina, olha pra mim. - Ele segurou meu rosto. - Bateu a cabeça? - Tentei assentir, mas também não foi possível. Christopher tirou minha franja do rosto procurando alguma ferida. Estava bem dolorido o local que eu bati. - Não dorme, por favor. Olha pra mim. - Parecia ter três pessoas iguais a meu Chris em minha frente. - Não, não. Não dorme, por favor. - Ele manteve minha cabeça imóvel. - Olha só o que você fez seu imbecil. - Ele gritou olhando pra trás. Ouvi também uma sirene, mas que parecia muito longe.
- Dulce. - Ouvi Rodrigo. Olhei para onde vinha sua voz. Ele estava sendo segurado por alguns caras.
- Vai ficar tudo bem. Apenas se mantenha acordada ok? - Vi uns caras de branco vir em minha direção. - Ela bateu a cabeça.
- Tudo bem. Nós vamos imobilizá-la, enquanto isso os enfermeiros irão ver se está tudo bem com o senhor. Pode me acompanhar?
- Eu não vou sair de perto dela.
- Senhor, precisamos examiná-lo.
- Primeiro quero vê-la bem. - Senti algumas mãos sobre mim. Fechei e abri meus olhos algumas vez. Eu estava com sono. Muito sono. Era mais forte que eu. -Dulce... Dulce.. Du... - Não ouvi mais nada.
Acordei com uma luz forte batendo em meu rosto. Tentei me mover para ver onde estava mas meu pescoço estava imobilizado. Podia ouvir o som da chuva forte caindo lá fora.
- Ei. - Ouvi a voz dele e me esforcei ao máximo para olhá-lo. Estava com o rosto cheio de cortes e seu olho direito estava meio inchado. - Até que em fim.
- Chris. - Ele apertou minha mão. - Oh Chris. O que você foi fazer?
- Tudo bem. Eu estou bem.
- Não está não. Já se viu no espelho?
- Ele estava te agarrando a força e ninguém fez nada.
- Ele me seguiu Chris.
- Imaginei. Mas não se preocupe, acredito que ele não vá mais se meter contigo.
- Não me preocupar? Já era Christopher. Ele deve estar contando sobre a gente nesse intante.
- Não se preocupe com isso, apenas descanse.
- Eu quero ir embora daqui. - Choraminguei.
- Talvêz pela manhã. O médico disse que não houve fratura alguma, mas que você precisa ficar em repouso e em observação.
- Vou precisar ficar usando isso?
- Ele ainda não disse. Você bateu forte a cabeça mocinha.
- Eu sei. - Suspirei frustrada. - Porque você me chamou lá?
- Eu queria conversar com você, mas deixa pra depois.
- E meus amigos?
- Já foram avisados e devem estar chegando aqui.
- Estou com medo de que me expulsem depois do que eu fiz mais cedo, ou pior. Que expulsem você.
- Não vão fazer isso, e mesmo se fizer, tudo bem. Eu gosto muito de lá, mas gosto ainda mais de você e estou disposto a enfrentar qualquer consequência disso. - Ele depositou um beijo em minha mão. - Agora descansa.
- Chris.
- O que foi?
- Porque você é assim comigo? Porque você deixou a aliança lá?
- Você estava nervosa quando disse tudo aquilo. - Ele acariciou meu rosto. - Eu poderia ter insistido mais, mas sei que você não cederia. Se realmente quiser um tempo, tudo bem, mas não termina comigo tá? Eu te amo muito menina, você é tudo pra mim. Você não é infantil, está apenas agindo como uma garota da sua idade agiria. - Ele forçou um sorriso. - Eu me apaixonei por você exatamente assim como você é e com o tempo nós dois amadureceremos juntos ok? - Ele pegou a aliança no bolso do meu short que estava dobrado na mesinha ao lado. - Eu não vou deixar você escapar tão fácil assim de mim. - Ele depositou um beijo na aliança e tornou a colocá-la no meu dedo.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...