No dia seguinte acordei nos braços de Christopher, ambos deitados no sofá. Tinha apenas uma leve lembrança de ir no meio da madrugada choramingando para o lado dele.
- Está melhor? – Christopher acariciou minha bochecha.
- Desculpa. – Escondi meu rosto sentindo as lágrimas brotarem instantaneamente em meu rosto.
- Tudo bem, não precisa chorar. – Christopher ergueu minha cabeça me fazendo encará-lo. – Eu tentei te ligar mais cedo, mas estava na caixa postal.
- Porque me ignorou?
- Eu precisei meu amor. Se me vissem próximo de você poderia ser suspeito.
- Mas você não respondeu nem minhas mensagens.
- Precisava parecer real, me desculpa.
- Não.
- Dulce.
- Eu te odeio, sabia?
- Hurrum. – Ele segurou meu rosto e me roubou um selinho. – Agora volta a dormir, ainda está cedo.
- Estou com dor de cabeça. – Deitei minha cabeça no ombro dele.
- Estranharia se não tivesse. – Christopher ficou acariciando minhas costas em cima do roupão. Ergui minha cabeça e comecei a beijá-lo matando toda a vontade da semana inteira longe dele. Passei minha perna para o outro lado dele me sentando em seu quadril. Apenas uma bermuda e a cueca separava nossos membros.
Sentindo-me excitada abaixei os dois tecidos que separavam e me rocei ali soltando um gemido fraco ao mesmo tempo que ele. Ele se excitou na mesma hora e então me ergui o suficiente para que ele pudesse me penetrar. Primeiro ele levou quatro dedos até minha intimidade para deixar o local bem lubrificado, depois guiou o membro até meu interior. Abaixei-me um pouco sentindo a pressão dentro de mim.
Não durou muito tempo até porque corríamos um sério risco de Ivalú aparecer em um momento bem constrangedor.
Depois de uns minutos nos amando fomos para o quarto onde nós dois pegamos no sono novamente.
O restante do domingo seguiu-se com uma maldita ressaca. Ivalú chorando desolada na cama depois da briga que travou com Pedro e eu tentando me concentrar em fazer meu dever.
Saiu uma porcaria, mas não conseguia me esforçar muito mais e tinha certeza que Christopher pegaria pesado depois do que aprontei.
Na aula de segunda nem me aproximei de Christopher e para falar a verdade nem sequer o olhei. Pedi que Ivalú deixasse meu trabalho na mesa dele e fiquei no meu lugar fazendo rabiscos sem sentido no meu caderno.
- Fala sério, eu não entendo. Você saiu para beber para esquecer ele, me levou junto, vocês brigaram, transaram e agora está nessa de novo?
- Dá para falar baixo Ivalú. – Pedi irritada. – Ele disse porque está fazendo isso embora eu não aceite, mas o que posso fazer? Pular no pescoço dele e enchê-lo de beijos? E você fala de mim, mas não se resolve com o Pedro.
- É diferente.
- Talvez sim, talvez não. – Peguei meu celular que tocara ao meu lado. Mensagem de Christopher.
"O que houve com você Dulce? Meu Deus."
"Do que está falando?"
"Da sua redação, você fez em Português." Arregalei meus olhos e comecei a rir histericamente.
- Mas que merda.
- O que foi?
"Está brincando né? "
" E por que estaria? " E junto com essa mensagem veio uma imagem.
- O que houve? – Ivalú insistiu.
- Fiz merda. – Me sentei na cama. - Já te explico.
"Eu nem percebi, me desculpa. Estava com a cabeça em outro lugar, mas em fim, vai me dar outra chance? "
"Deveria? "
"Não sei, você é o professor, não eu. "
"Não deveria, mas vou te dar a chance de traduzir para o inglês. Te entrego amanhã e você me entrega depois de amanhã ok? Boa noite! "
"Boa noite, também te amo. "
Fui bem sarcástica depois de entender o tom frio dele. Visualizada e não respondida, isso doeu mais do que não ter sido sequer visualizada.
Expliquei a Ivalú o que havia acontecido, peguei minha toalha e entrei no banheiro. O que estava acontecendo comigo? Porque eu estava reagindo assim? Nada disso deveria estar acontecendo, nada disso. Christopher e eu não deveríamos estar juntos e isso está prejudicando meu desempenho.
No dia seguinte, ao invés de seguir para a aula, fui rumo à secretaria. Talvez eu devesse me afastar um pouco, tentar separar as coisas. Eu tinha duas escolhas: deixar de ser aluna dele ou namorada, e a segunda opção era dolorosa demais.
- O que pensa que está fazendo? – Senti meu coração chegar na garganta quando ouvi Christopher perguntar atrás de mim. Ele chegou assim que a secretária saiu para buscar a lista para vermos se havia alguma outra turma disponível. – Você não pode estar falando sério né?
- Porquê não estaria professor? – Evitei olhá-lo sabendo que começaria a chorar.
- Não faça isso, por favor. Primeiro vamos conversar, depois você decide. Está agindo por impulso, pela emoção.
- Não, por favor, eu preciso disto.
- Você é uma das minhas melhores alunas, não faz isso. Não vai querer ficar numa classe onde não conhece ninguém, longe dos seus amigos.
- Depois do que aconteceu não dá ok? Poderia ter sido um dos testes que outro professor corrige e o que seria de mim? Eu perderia meu diploma e seriam anos jogados pelos ares.
- Não faz isso, eu estou te implorando. – O olhei. Christopher tinha os olhos marejados. – Não faz sentido sem você, não mais.
- Você ama isso aqui, não inventa.
- Mas amo mais ainda você. – Ele falou baixo para que ninguém mais escutasse.
- Não piore as coisas.
- Pensa mais um pouco, as coisas vão melhorar, eu prometo. É apenas uma fase ruim.
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[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...