Durante o almoço, Christopher e eu comunicamos ao meu pai sobre o casamento. Bom, isso depois de ele ligar para os contatos dele e conseguir marcar o casamento. Seria ali mesmo no jardim da casa e seria algo bem íntimo. Eu não tinha muitas pessoas para convidar, e Christopher também não tinha muitos amigos.
No meio da tarde, Christopher, meu pai – que insistiu querer ter uma conversa séria com Rodrigo – e eu fomos na SE.
Segurando a pasta em uma mão, e a mão de Christopher com a outra, entramos no estabelecimento. Algumas poucas pessoas nos olharam torto e eu estremeci.
— Está tudo bem Dulce?
— Sim. Eu estou bem. — Disse e continuei repetindo para eu mesma. Tudo acabaria logo.
Eu usava uma blusa de moletom bem larga então a pequena barriga fora disfarçada. Não que eu me envergonhasse disso, mas queria livrar os meus bebês de mal olhado.
— Dulce?
A voz atrás de mim era bem conhecida. Parei meus passos e me virei soltanto a mão de Christopher e topando com Yuri.
— Ann, oi.
— É você mesma? Caramba, eu pensei que você nunca mais voltaria aqui.
— Pois é. Eu também.
— Você veio pra ficar né?
— Não. Só vim resolver um problema.
— Ah. — Ele olhou Christopher. — Eu vi o que fizeram, sinto muito pelo que houve, de verdade.
— Obrigada.
— E como você está? Está tudo bem depois de tudo o que houve?
— É. Agora está tudo bem sim.
—Dulce, vamos? — Christopher voltou a segurar minha mão.
— Vamos sim. Eu preciso ir Yuri. A gente se vê.
— Ei, seja lá o que for resolver, boa sorte.
— Obrigada.
Ofereci um sorriso terno e então continuamos nosso caminho.
Quando chegamos na secretaria não foi nada diferente. Os próprios funcionários me fuzilavam e para me tranquilizar, Christopher passou o braço pela minha cintura me deixando mais próxima a ele. Meu pai estava logo atrás.
— Christopher?
Arturo chamou da porta de sua sala e nós três nos viramos na direção dele.
— Ah, você também veio.
— Sim. Precisava vir entregar isso. — Soltei-me de Christopher e entreguei a pasta a ele.
— Vamos entrar e a gente conversa.
— Não tenho a intenção. Quero voltar logo para a casa.
— Se assim deseja. Você já está melhor? Fiquei sabendo que estava no hospital.
— Sim. Já estou melhor.
— E os bebês? Estão bem né? Eu não os prejudiquei, não é mesmo?
— Não. — Olhei para Christopher e então tive a certeza que ele nunca mais voltou a falar com Arturo. — Por que não passa lá em casa depois do trabalho? Eu realmente não posso ficar, por questões médicas.
— Eu não sei onde vocês estão morando e não sei se o Christopher permite isso.
— Tem uma caneta e um papel?
VOCÊ ESTÁ LENDO
[REVISÃO] Intercâmbio (Vondy)
Fanfiction"Se você me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir...