Cap.10: Sou seu e você é minha

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— Quem sou eu? — repliquei confuso.

— Sim. Quem é você? Você é meu irmão, amigo, marido... Quem é você, afinal?

Olhei para ela tentando adivinhar o que se passava em sua mente. Demonstrava ansiedade, nervosismo, tristeza, raiva. Mas o que mais me impressionou foi aquela postura desafiadora. Aquilo realmente mexeu comigo. Aprumei as costas e ergui os ombros. Confesso que estava temeroso, mas diante daquela pergunta e daquele semblante atrevido, algo despertou dentro de mim.

Naquele momento, algo que eu procurava manter em controle venceu as minhas resistências e explodiu. Ela estava demonstrando a sua posição, agora eu iria mostrar a minha. Soltei um longo suspiro e caminhei até ela com passos decididos, olhando fixamente em seus olhos. Enquanto caminhava, falava devagar, mas com firmeza:

— Meu nome é Christopher Luis Cassilas Von Uckermann. Sou seu irmão, amigo, primeiro e único namorado, marido e amante. Sou aquele que esperou nove anos para conhecer o gosto da sua boca e as curvas do seu corpo. Sou aquele que diante de um altar jurou amar, cuidar de você e ser fiel para sempre. — estava no meio do caminho e ela escutava de olhos arregalados. — Sou aquele que, a cada segundo naquele maldito hospital, implorou aos céus pela sua vida; aguardava ansiosamente o seu retorno para casa, na esperança de tê-la novamente comigo. Porque ficar sem você é como ficar sem vida. Se te perdesse, nada mais faria sentido. Se te perdesse, eu deixaria de existir.

Parei bem à sua frente, observei seu olhar surpreso, sua respiração rápida, seus lábios entreabertos. Aspirei profundamente o seu cheiro de baunilha e deixei a emoção falar mais alto. Cansei de ser bonzinho! — pensei imediatamente, enquanto a adrenalina tomava conta do meu corpo.

Ela descruzou os braços, olhando-me muda de espanto, e se segurou na janela em busca de apoio, parecendo acuada. Avancei ainda mais o meu corpo, segurei-a firmemente pela cintura e pelo pescoço, aproximando seu rosto do meu. Percebi que a peguei desprevenida com minha audácia.

— Eu sou seu e você é minha! — completei antes colocar meus lábios sobre os dela.

Dulce estava congelada em meus braços. Não me importei, beijei, beijei e beijei, até fazer com que abrisse os lábios, correspondendo timidamente ao meu beijo apaixonado. E foi só sentir sua língua na minha para não me segurar mais. Grudei seu corpo na parede, sentindo cada centímetro dele colado ao meu.

Quanta saudade sentia dessa proximidade! Fazia tanto tempo que não a tinha assim, que uma necessidade urgente se apossou de mim, como um drogado diante da substância que o torna escravo. Meu corpo inteiro pedia por ela, pelo seu toque. Seu cheiro delicioso entrava por minhas narinas e estimulava o meu desejo.

Tudo o que eu queria era ela, tudo o que eu sentia era ela. Eu a amava desesperada e absolutamente. Senti suas mãos em meu peito, empurrando-me um pouco, desfazendo o contato dos nossos lábios.

— Por favor, pare... — ela pediu num murmúrio, completamente sem fôlego.

— Por quê? — perguntei enquanto passava os lábios pelo seu rosto. — Você não gosta?

— Estou confusa... — sussurrou trêmula.

— Você não gosta quando faço assim? — perguntei ao mordiscar o lóbulo de sua orelha.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora