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- É verdade! Agora somos dois ou duas!
- Isso mesmo! Mais uma razão para cautela, ouviu?
- Pode deixar! - prometeu apressada. - Deseje-me sorte!
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A festa tinha saído melhor que a encomenda. Anahí ficou muito feliz, assim como sua família e amigos. Mas realmente, o melhor foi o que ocorreu antes, quando confessamos tantos segredos e mágoas do passado.
Agora nossa conexão era ainda mais profunda, quase como se Anahí fosse uma extensão de mim. Compreendíamos um ao outro e nos aceitávamos. Éramos pessoas independentes e bem resolvidas, sem receio de expor nossos sentimentos.
Pela primeira vez, encontrei alguém que não tive vergonha de mostrar minhas carências, traumas e receios. E isso era apavorante e libertador ao mesmo tempo - dar tanto poder a alguém, deixando-o saber tudo sobre mim, conhecendo minhas fraquezas e inseguranças.
Tinha tomado a decisão que não fugiria mais de um compromisso. Detestava covardia, em mim ou nos outros. Se era pra se queimar, melhor entrar logo na fornalha. E Anahí era uma verdadeira brasa viva. Nunca arder foi tão prazeroso.
Por falar em arder, despertei na manhã seguinte sentindo vários calafrios. Senti o corpo cansado e os olhos queimavam. A cabeça parecia pesar uma tonelada ao girar para ver as horas no despertador.
Já era bem tarde, um pouco depois do meio dia. O celular começou a tocar, estiquei o braço para pegá- lo e vi a foto da Anahí que piscava.
- Oi, gata. - respondi desanimado.
- Oi! Te acordei?
- Não. Acabei de acordar, mas ainda estava na cama.
- Sua voz está péssima. Você está bem? - perguntou preocupada.
- Não sei. Dormi bastante, mas o corpo continua pedindo cama. E sinto frio.
- Você se agasalhou?
- Sim, estou embaixo do cobertor. - me cobri ainda mais ao sentir outro arrepio.
- Você está quente?
Dei uma risadinha.
- Por você, sempre. - respondi.
Doente ou não mexer com ela era irresistível.
- Calma aí, Todo-Poderoso. Dessa vez, tanta quentura pode ser coisa séria. Não estou gostando disso, você pode estar com febre. - disse de um jeito que me lembrou muito sua mãe, e sorri.
- Não deve ser nada. Vou me levantar, tomar um bom banho e ficarei novo em folha.
Mas falar se revelou muito mais fácil que fazer. Ao tentar me sentar, a cabeça girou e despenquei novamente no travesseiro.
- Uau! - exclamei.
- O que foi? - perguntou alarmada.
- Fiquei um pouco tonto. - informei e respirei fundo, estranhando a falta de ar nos pulmões.
- Estou indo pra aí agora. - falou decidida. - Você está sozinho?
- Acho que sim, não tenho certeza. - tentei escutar algum som que denunciasse a presença do Sam. - Está tudo quieto. Acredito que sim.
- Você tem termômetro em casa?
- Não.
- Não tem problema. Vou passar na farmácia e levo um pra você. Já estou pronta, chego aí em meia hora. Beijo! - e desligou.
Essa era a minha namorada, uma verdadeira líder, pensei dando um leve sorriso. Curioso que, tempos atrás, com outra pessoa, eu ficaria no mínimo furioso pela invasão de privacidade. Mas sendo a Anahí, até gostava.
Como era de hábito, peguei o maço de cigarros e acendi um. Vinte e oito minutos depois a campainha soava. E me vi na tortura de ter que levantar para abrir a porta. Fiz uma anotação mental de providenciar uma cópia da chave pra ela.
Fiquei espantado comigo mesmo, pela naturalidade com que o pensamento me ocorreu. Quem diria que Alfonso Herrera pensaria fazer isso? Realmente, o mundo dá voltas.
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Mais Que Irmãos - 2° Temporada
FanfictionSinopse: Quando a mente se encontra na escuridão, deixe o coração ser seu guia. O amor de Dulce e Christopher foi eclipsado por um trágico acidente. Ela recebeu uma nova oportunidade do destino, porém não se recorda do grande amor de sua vida. Ele e...