Cap.118: Ir para o hospital.

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Usando toda energia que tinha, levantei com esforço e, à medida que andava, sentia a respiração difícil, deixando-me arfante. Girei a maçaneta e a Any apareceu, olhando atentamente pra mim com um leve sorriso na boca.

- Como está, meu Todo-Poderoso? - perguntou me beijando levemente nos lábios e colocando a mão em minha testa. - Você está queimando em febre! Andou fumando?

- Só um. - respondi e ela balançou a cabeça em protesto.

- E hoje será o último. - falou de um jeito muito mandão ao entrar e passar por mim, com sua costumeira pose de rainha.

- Devagar, Majestade. Talvez esteja um pouco doente, mas ainda não estou morto. - retruquei irônico.

- E se depender de mim isso realmente não vai acontecer. Já se alimentou? - indagou com a mão na cintura.

- Não, só levantei agora. Mas também não estou com fome, só com a boca seca.

Ela se aproximou e me segurou pela cintura.

- Vá se deitar. Vou pegar um suco na geladeira e levo pra você. - disse me beijando no rosto e franzindo a testa. - Vou medir sua temperatura.

Voltei para o quarto e me joguei na cama. Pouco depois Anahí apareceu com suco de maçã e uma sacola pequena da farmácia. Agradeci e peguei o suco que me oferecia, descendo maravilhosamente pela garganta. Ela ergueu meu braço, enfiando o termômetro frio em minha axila.

- 39,5º C. - declarou pouco tempo depois ao retirar o termômetro - Febre alta. Trouxe um antitérmico, aproveite para tomar junto com o suco.

Fiz o que me pediu, devolvendo-lhe o copo e deitando. Ela sentou ao meu lado na beirada da cama e tocou meus cabelos, fazendo um carinho gostoso, mas com a expressão séria.

- Ei! Não quero te ver com essa cara de enterro. Estou bem, deve ser uma virose qualquer. Vou ficar melhor, assim que o remédio fizer efeito. - tranquilizei-a, e cobri-me até o queixo.

- Espero que sim. - falou me olhando preocupada. - De qualquer maneira, peço que pare com o cigarro. Vai atrapalhar sua recuperação.

- Vou pensar no caso. - respondi indeciso e ela virou os olhos, irritada - Mas se for pra melhorar mais rápido e poder te curtir, faço o sacrifício.

Anahí abriu um largo sorriso.

- Como você sempre sabe dizer a coisa certa para agradar uma garota?

Tive que rir.

- Alguns nascem para professor; outros, médico ou engenheiro. Eu nasci pra isso, saber agradar. - respondi com uma piscadela.

Foi sua vez de rir.

- Você só pode estar melhorando, porque o ego está ótimo! - falou divertida.

Duas horas depois a febre não tinha diminuído e eu continuava a sentir pressão no peito, falta de ar e muita fadiga. Any ficou ao meu lado o tempo todo, colocando compressas frias em minha testa, trazendo água e suco para beber, mas continuava sem apetite.

Ela sugeriu que fossemos procurar um médico, o que considerei meio exagerado e pedi que esperássemos mais um pouco. Concordou hesitante. Como última medida, ela sugeriu que eu tomasse um banho morno.

Foi quando percebi que realmente tinha piorado. Precisei apoiar-me nela para ir ao banheiro e fazer quase tudo. De volta ao quarto, ela ajudou a secar o cabelo e me vestir.

A sensação de banho tomado e limpeza foram agradáveis, mas meu quadro de total apatia permanecia inalterado, e a febre alta persistia. Anahí insistiu que deveríamos ir ao hospital.

Percebendo o quanto minha respiração estava difícil, fui obrigado a concordar.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora