Cap. 53: Três dos quatro irmãos da Anahí.

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Nesse capítulo quero no mínimo 6 comentários.😊
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Achei melhor desviar o tom da conversa mais pessoal para um assunto básico e corriqueiro. Não queria dar chance de voltar a ser motivo de análise, mesmo que o que tenha dito fosse, de certa forma, elogioso.

Temia o que ela poderia ver se continuasse sua curiosa investigação. Talvez encontrasse mais vícios que virtudes.

- Sua casa é muito bonita. Adorei o visual.

- Obrigada. Gostou do espelho? - falou apontando para ele.

- Maravilhoso. Nunca gostei tanto de me ver num espelho como nesse. - respondi voltando a olhar meu reflexo.

- Sim, ele tem uma imagem perfeita. - concordou Anahi.

Ficamos os três de frente para o comprido espelho, comigo ao centro, tendo a Anahi de um lado e a Marichelo do outro.

- Essa é nossa imagem real, sem distorções. - informou Marichelo. - Os espelhos indianos não são famosos à toa. Este foi feito com uma técnica de quatrocentos anos, por um artesão cuja família trabalha nisso há gerações.

Anahi segurou meu braço direito e sorriu. Sua mãe também olhava de forma franca, simpática e sorridente. Sorrisos idênticos. Gostei do que via, mais do que isso, gostava de como me sentia.

Sentia- me bem vindo, como se minha presença fosse genuinamente desejada, mais ainda, apreciada. Como se fossemos, bem... uma família. Ouvi alguém pigarreando.

Vozes masculinas soaram atrás de nós. Viramos ao mesmo tempo e me deparei com, provavelmente, três dos quatro irmãos mais velhos de Anahi.

Diferente da recepção sorridente que tinha acabado de ter, eles me fitavam sérios, com ar analítico. Morenos e esguios, como sua mãe e irmã, estavam parados lado a lado formando uma espécie de barreira. Não me importei com essa recepção contida.

Se estivesse conhecendo o namorado de uma irmã mais nova, também seria cauteloso.

- Você deve ser Alfonso - falou o mais alto.

- Herrera. - completou o de óculos.

- Primeiro e único. - respondi com um meio sorriso.

Em seguida fui até eles, de mão estendida.

- E vocês devem ser Prithivi, Tejas e Apas. - apertei suas mãos, à medida que dizia seus nomes.

E foi com prazer que observei a surpresa estampada em seus rostos. Quando Anahi me repassou o convite para o almoço feito por sua mãe, foi impossível recusar.

Primeiro, por não querer decepcionar Minha Majestade e, segundo, porque a mãe dela podia pensar que eu era um covarde, cheio de más intenções com sua filha.

Bem, na verdade isso não era de todo mentira, ter más intenções com Anahi não era uma coisa difícil. Principalmente hoje, usando calça jeans justa e botas, ela tinha ficado muito sexy. Por ser um cara prevenido, antes dessa visita, procurei fazer direitinho meu dever de casa.

Perguntei a Anahi informações importantes sobre sua família e seus hábitos. Inclusive, pedi que me mostrasse uma foto de seus irmãos e contasse coisas básicas sobre eles.

Ganhar gatas sempre foi algo inevitável, já com os caras, acho que meu rostinho bonito não surtiria tanto efeito. Sendo assim, procurei me munir com outras armas igualmente eficientes: estratégia e conhecimento do oponente. Morra de inveja, James Bond!

- Onde está Vayu? Ele já deveria estar aqui. - perguntou Marichelo, sobre o filho ausente.

- Ele ligou dizendo que está acabando seu trabalho e chegará em breve. - respondeu Prathivi.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora