Cap.121: Proposta.

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- Perdi o sono e vim assistir TV, só isso. - respondi.

Ele passou os braços por trás do encosto do sofá, aproximando-se de mim.

- Repouso absoluto, você disse? Então talvez não tenha sido insônia, mas solidão que a trouxe pra cá. Está se sentindo solitária essa noite, Anahí? - perguntou malicioso.

Parei para observá-lo melhor, ele estava vestido de preto da cabeça aos pés. No rosto, a mesma expressão cínica da qual me lembrava. Era assombrosa a similaridade física com o Alfonso.

Mas nele a beleza estonteante parecia corrompida, conseguia ser másculo e charmoso, perigoso e mortal. Sem dúvida, ele pertence ao lado tenebroso da força! - pensei me arrepiando inteira. E estranhei essa reação. Quanto mais olhava, mais arrepiada ficava.

Ele sorriu daquele jeito diabólico, os olhos irradiavam malícia. Prisioneira daquele olhar, pisquei tentando quebrar à conexão.

- Isso realmente não é da sua conta. Agora, se me der licença... - fui interrompida quando ele me segurou pelo braço. - Tire as mãos de mim. - pedi puxando o braço.

Ele foi mais rápido e me agarrou pelos ombros, puxando-me de encontro a ele.

- Não minta, sei pela maneira como me olha que queria muitas partes de mim em você. - falou cortante.

- Deixe de ser ridículo! Não tenho o menor interesse em você. - rebati, ainda tentando me afastar dele.

- Não foi o que me pareceu agora há pouco. - declarou triunfante e eu mordi os lábios, zangada. - O que foi, Anahí, tem medo de confessar a si mesma que o Alfonso não é o único Herrera que você quer?

- Não ficaria com você, nem que aparecesse pintado de ouro. - respondi, tentando me soltar do seu aperto.

- Por quê? O que a impede? - perguntou mordaz.

- Você ainda pergunta? - rebati zangada. - Já ouviu falar de fidelidade?

- Desculpe, apaguei essa palavra do meu dicionário há muito tempo. - ele aproximou o rosto ainda mais do meu. - Nessa vida, ninguém pertence a ninguém.

- Você está enganado. - retruquei chocada.

- Então isso é o que a impede, o conceito infantil da fidelidade? Tudo bem, tenho uma proposta pra você, uma proposta que resolve todos os problemas.

- Proposta? Do que você está falando? - estava tonta com a velocidade com que ele conduzia essa conversa.

- Se o problema para ficar comigo é esse, não faço questão, a gente pode ficar junto, você, Alfonso e eu. - meu queixo caiu, não conseguia acreditar no que ele tinha acabado de propor.

- Por acaso você está sugerindo... - mas ele me cortou.

- Eu não estou sugerindo, estou dizendo! - confirmou me olhando nos olhos. - Não me importo de partilhar você com o meu irmãozinho.

- Como você tem coragem de propor algo tão... tão... sujo! - refutei horrorizada.

- O que foi? Assustei você? Só porque tive a coragem de dizer em voz alta, o que as pessoas fazem ou querem fazer e não têm a coragem de confessar?

- Você quer dizer o que pessoas amorais e sem ética fazem! Você não tem escrúpulo! - continuei rebatendo ainda mais chocada.

- De que serve esse maldito escrúpulo, Anahí? - perguntou virando os olhos. - Só pra nos fazer perder tempo com sentimentos de vergonha e culpa? Eu não tenho tempo a perder com esse tipo de coisa.

- Ainda bem que seu irmão é diferente de você! - afirmei puxando minha mão mais uma vez, mas ele a segurou com mais firmeza.

- Diferente? Tem certeza? Querida, há quanto tempo o conhece? Você não sabe nada dele. - retrucou destilando veneno.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora