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Então, com as mãos no ventre, compreendi que não estava sozinha, nunca mais estaria. Um pequeno ser dependia de mim para continuar vivendo, não podia mais me dar ao luxo de ser descuidada.
Ao pensar no que o pai do meu bebê tinha acabado de fazer ou poderia estar fazendo, uma nova onda de desespero e tristeza me invadiu. Recomecei a chorar e soluçar descontroladamente.
Com certeza, não tinha condições de continuar dirigindo. Não sei como, peguei o celular em minha bolsa e liguei para a única pessoa que podia me ajudar nessa situação.
- Pai, sou eu. - identifiquei-me aos soluços. - Estou sozinha e preciso de ajuda. Por favor, pode vir me buscar com a mamãe? Mais tarde eu explico.
Depois de informar onde estava e dele prometer que viria o mais rápido possível, desliguei o celular e joguei os braços ao volante, onde afundei minha cabeça, enquanto meu corpo se sacudia com a força do meu pranto. Maldita a hora em que te dei meu coração, Christopher Uckermann!
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Tentei me mexer, mas sentia o corpo pesado. Continuei respirando, tentando fazer a cabeça parar de girar. Fiz mais um esforço e consegui mover os braços, colocando um deles sobre os olhos.
Ainda não os tinha aberto, mas podia perceber a claridade que entrava pela janela e estava incomodando. Nossa! Acho que aquela bebida acabou comigo! - pensei sonolento. - E o mais curioso é que nem bebi tanto assim.
Sentia a língua pesada e pastosa na boca, estava com muita sede. Apesar do mal estar, resolvi levantar e pegar uma garrafa de água no frigobar. Estiquei o outro braço e minha mão tocou algo morno e volumoso.
Com a força da surpresa, abri os olhos rapidamente e gemi quando fiz isso, a luz incomodava muito mesmo, forcei minha vista a se acostumar com aquela luminosidade e olhei para o lado. Pulei da cama sem pensar duas vezes.
- Céus! - soltei ao me levantar.
Sonolenta e despida, Paola começou a se mexer na cama devagar, se espreguiçando como uma gata embaixo do lençol.
- Volta pra cama, Chriszinho. - ela murmurou. - Ainda é muito cedo!
- O que pensa que está fazendo? - perguntei apavorado.
- Até poucos minutos atrás, dormindo com você. - respondeu sem abrir os olhos, com a cara enfiada no travesseiro.
- Não era pra você estar aqui! - retruquei rápido. - Este é o meu quarto! - disse, olhando ao redor, certificando-me de estar no cômodo certo.
- Olha, você não reclamou sobre isso ontem à noite. Mas se soubesse que preferia o meu quarto, tinha mudado a direção que seguimos. - falou de olhos fechados.
- Como assim? Passamos a noite toda dormindo juntos? - perguntei confuso.
Ela deu uma risadinha, abriu os olhos e me olhou.
- Bem, eu não diria exatamente dormindo o tempo todo. Dormir foi o que menos fizemos. Que tal voltar pra cá e descansar mais um pouco? - seu olhar desceu pelo meu corpo.
Quando vi a direção que seguiu, percebi horrorizado que estava tão à vontade quanto ela. Senti-me completamente vulnerável e violado.
- Droga! - constrangido, coloquei as mãos tentando me cobrir, ela soltou mais uma risadinha atrevida.
- Relaxa! Nada que já não tenha visto antes.
Aquilo não podia ser verdade. Só podia ser um pesadelo! Sem condições de lidar com essa situação bizarra, corri para o banheiro e tranquei a porta.
Fui até a pia, abri a torneira e joguei bastante água fria no rosto.
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Mais Que Irmãos - 2° Temporada
FanfictionSinopse: Quando a mente se encontra na escuridão, deixe o coração ser seu guia. O amor de Dulce e Christopher foi eclipsado por um trágico acidente. Ela recebeu uma nova oportunidade do destino, porém não se recorda do grande amor de sua vida. Ele e...