Cap 80: Nossas roupas!

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E dizendo isso, me puxou de encontro a si e as palavras se tornaram desnecessárias.

Talvez ela não tivesse consciência ou nem desconfiasse do quanto seu rosto, seu corpo, tudo nela, demonstrava de forma transparente o que sentia. Não restava mais nenhuma timidez ou insegurança.

Quando me apertou com força de encontro a si, numa deliciosa ânsia, oferecendo-se, mas também exigindo de mim, fomos novamente ao limite, partilhando um sentimento pleno e mútuo. Quando fiquei de joelhos, trouxe-a junto com um movimento ágil.

Assim como fazia quando dançava com um parceiro, Dulce seguiu meu comando com incrível flexibilidade, envolvendo meu quadril com suas pernas e entrando no ritmo intenso que se seguiu.

Conhecia o que era luxúria, mas o que vivia com Dulce não tinha comparação, era imensamente superior, era prazer, afeto, pura alegria. Era amor.

Ao final, deitamos languidos lado a lado. Seu hálito ainda impregnado em minha boca, úmidos de transpiração e deliciosamente sonolentos. Se pudesse não me moveria mais até amanhã.

- Dúvida zero. - falei em seu ouvido.

- Eu imaginei.

Puxei-a para que ficasse abraçada a mim, com sua cabeça em meu ombro, sua mão em meu peito. Sentia uma paz imensa, estava completamente relaxado e feliz.

Tinha estreado a peça, minha mulher estava novamente em minha vida, contava com o apoio da família e dos amigos. O que mais poderia querer? Senti a mão de Dulce afagando meus cabelos e suspirei satisfeito.

Percebi que ela tremia levemente, talvez fosse melhor irmos para o quarto onde teríamos mais conforto. Durante a madrugada a temperatura costumava cair.

- Não tenho nada contra ficarmos aqui, mas estou lembrando que tem uma cama bem confortável nos esperando lá em cima, sabe? - sugeri.

- Acho uma excelente ideia. - respondeu bocejando.

Levantei-me do piano e pulei para o chão, depois a peguei no colo.

- Chris! Nossas roupas! - falou de olhos arregalados, enquanto me segurava pelo pescoço.

- Fica tranquila, papai e mamãe estão dormindo, vamos passar rápido.

Saímos da sala de música olhando para ambos os lados, e como suspeitava tudo continuava tranquilo, escuro e silencioso. Passei com Dulce no colo pela sala, entramos no corredor, subi as escadas e todas as portas estavam fechadas, inclusive a nossa.

Já estávamos a meio caminho do nosso quarto quando uma porta se abre e papai aparece vestindo um roupão, com cara de sono. Se ele ainda estava meio adormecido.

Com certeza, despertou completamente naquele momento, pelo tanto que seus olhos se arregalaram de surpresa. E eu ali congelado sem saber o que fazer.

Vamos ser sinceros, o que fazer ao se deparar com seus filhos nesse estado, no corredor, no meio da noite? Não sei o que uma pessoa normal faria, mas com certeza eu sei o que um Uckermann faria.

E foi o que ele fez: começou a rir.

- Ai, crianças! - falou rindo e segurando a barriga de tanto que se sacudia. - Entrem logo nesse quarto, antes que urine nas calças de tanto rir!

- Acorda, Chris! - Dulce disse morta de vergonha, cobrindo-se com os braços.

Despertando do meu estado surpreso, voei para nossa porta. Assim que conseguimos abrir, me joguei quarto adentro, fechando a porta com um chute.

Ainda pude ouvir mais uma sonora gargalhada do papai enquanto ele descia as escadas.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora