Cap.68: Christopher, eu te...

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- Se foi para isso que veio aqui, pode dar meia volta e sair pelo caminho que veio.

- Não, não foi para isso que vim aqui!

- Ah, não? - perguntei cinicamente, erguendo a sobrancelha. - Então, foi para quê?

- Para isso! - no segundo seguinte ele estava em cima de mim.

Fui audaciosamente agarrada pelo Christopher. Ele me apertou com força de encontro ao seu corpo. Seus lábios famintos cobriram os meus sem trégua.

Não tinha como escapar, ele segurava minha nuca, me mantendo firme no lugar. Então não tive alternativa a não ser abrir os lábios e corresponder ao seu beijo ousado.

Ficou muito claro que sua atitude era parte desejo, parte marcação de território; um aviso aos desavisados de que era dele o direito e privilégio de me tocar.

Provavelmente, deveria ter continuado aborrecida, mas se tem uma coisa que me fazia entregar os pontos, eram essas demonstrações claras de típico comportamento territorial masculino.

As feministas que me perdoem, mas sou mulher o bastante para apreciar um homem que me ama, que me quer e que não se envergonha de demonstrar isso.

Coloquei minhas mãos em seu peito e pelo tecido da camisa pude sentir o calor que sua pele irradiava. Paramos de nos beijar, nossas respirações completamente desiguais e rápidas.

- Queria fazer isso desde que chegamos. - falou enquanto passava a mão carinhosamente pelo meu rosto.

- E por que não fez?

- Porque sou um idiota! - respondeu com aquele sorriso que me fazia virar marshmallow. - Vou te pedir um favor, dá próxima vez que estivermos numa festa dessas e alguém tiver a ideia brilhante de me afastar de você, me agarre e não me solte, nem sobre ameaça de morte!

- Combinado! - falei beijando-o novamente, mas de forma rápida. - Pelo menos, valeu a pena o sacrifício?

- Não sei. Difícil dizer. Mas conheci muita gente interessante. Pode ser que no futuro alguns desses contatos deem resultados. - respondeu dando de ombros. - Tinha gente interessada em você.

- Em mim? Como assim? - perguntei surpresa.

- Você chamou a atenção de um diretor que está procurando uma bailarina para um musical, ele estava louco para saber quem você era e qual o seu contato.

- Puxa! Eu nem podia imaginar que teria esse resultado, vim dançar por um motivo tão diferente. - falei pensativa, abaixando o rosto.

Estávamos dançando devagar, de um lado para o outro, ele segurou meu queixo, erguendo meu rosto e buscando meu olhar.

- E qual foi o motivo? - perguntou curioso.

- Não sei bem como explicar. - respondi com sinceridade. - O tempo foi passando e você não voltava. Olhei ao redor e me senti "um peixe fora d'água". Vi a pista de dança e resolvi vir para cá. No instante em que meus pés pisaram aqui, me senti em meu habitat, como se tivesse encontrado uma importante peça do quebra-cabeça que se tornou minha vida. Você e a Paola pareciam fazer parte de outro mundo, vistos daqui.

- Você está tão enganada. - ele murmurou.

- Estou?

- Claro! Não sou de um mundo diferente do seu, porque você é o meu mundo. E não importa onde esteja ou com quem esteja, carrego você comigo o tempo todo, bem aqui, dentro de mim. - e, dizendo isso, pegou minha mão, colocando-a em cima do seu coração.

É agora! Vou criar coragem e vou me confessar a ele! - pensei nervosa.

- Christopher, eu te... - antes que eu pudesse completar a frase, ele me beijou novamente.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora