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A primeira noite na casa do Alfonso foi tranquila, dormi ao seu lado e programei o relógio para despertar nos horários da medicação. E tudo deu certo.
Ele me deixou muito à vontade em seu apartamento. Só havia ficado um pouco temerosa a respeito da convivência com o seu irmão. De qualquer maneira, Samuel não dormiu em casa aquela noite e, caso aparecesse, já tinha decidido ignorá-lo.
Na madrugada seguinte, depois de dar o remédio ao Alfonso, perdi o sono. Ele tinha voltado a dormir como um anjo. Depois de rolar na cama por um bom tempo, resolvi ir a cozinha tomar um copo com leite.
O apartamento estava silencioso e, felizmente, nem sinal do Samuel. Bebericando meu leite achocolatado, sentei no sofá da sala e liguei a TV. Escolhi um canal que passava um filme clássico que ainda não conhecia e resolvi arriscar. A história era interessante.
Acabei deitando no sofá e, mesmo gostando do que via, meus olhos foram ficando pesados. Sonhei que sentia um toque suave em meu tornozelo, tão leve que parecia uma pluma. Mãos de sonho.
Essas mãos mágicas me tocavam com a ponta dos dedos de forma incerta. Soltei um suspiro de satisfação, apreciando aquele contato gentil. Parecendo se animar com a minha reação, as mãos prosseguiram até o joelho, em uma delicada carícia. Sorri. Aquilo era realmente bom.
Subiram pela minha perna e foram parar na minha cintura. O Alfonso era sempre tão carinhoso, mesmo em sonhos continuava maravilhoso. No sonho, não conseguia ver seu rosto, mas reconheceria essas mãos em qualquer lugar.
- Alfonso? - murmurei adormecida.
- Hum, hum. - foi a resposta afirmativa que tive.
Eu usava um pijama de algodão confortável, amarelo claro, formado por blusa de manga comprida e calça. Percebi que os dedos se tornaram mais audaciosos, começando a tentar se esgueirar pela barra de minha blusa e ouvi uma risadinha.
Franzi a testa. Tinha alguma coisa diferente, o Poncho não ria assim. Tinha alguma coisa errada ali. Senti lábios em minha barriga, o que me provocou arrepios. As mãos subiram pelos meus braços, ao mesmo tempo em que lábios se grudaram aos meus.
Congelei. Desde quando o Alfonso mascava chiclete de morango? Abri os olhos. Assim que vi quem era, coloquei as mãos em seu peito e o empurrei com força.
- O que pensa que está fazendo? - perguntei, ao mesmo tempo em que sentava.
Novamente ouvi a risadinha maliciosa e debochada.
-Boa noite, Anahí. - cumprimentou Samuel, sentando ao meu lado no sofá, fazendo aquela paradinha proposital antes de dizer meu nome, irritando-me ainda mais.
- O que foi? Não costuma ser beijada antes de dormir?
- Sim, mas não por você. - respondi furiosa. - Além disso, já estava dormindo, se é que não percebeu.
- Detalhes, Anahí, detalhes. - falou sorridente. - Mas agora que comentou, fiquei curioso. Por que está dormindo aqui na sala? Brigaram?
- Caso isso tivesse acontecido, não diria nada, porque não é da sua conta. Mas como poderemos nos encontrar por mais alguns dias, saiba que estou aqui porque Alfonso está com pneumonia e tem que se submeter a um tratamento sério, ficando em repouso absoluto.
Ele continuou me olhando com tanta indiferença, que parecia que não tinha dito nada novo.
- Deixe-me adivinhar, você é a boa samaritana, ajudando ele.
- Algum problema?
Ele sacudiu os ombros.
- Nenhum. Só que você ainda não respondeu por que dormia aqui na sala e não no quarto.
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Mais Que Irmãos - 2° Temporada
FanfictionSinopse: Quando a mente se encontra na escuridão, deixe o coração ser seu guia. O amor de Dulce e Christopher foi eclipsado por um trágico acidente. Ela recebeu uma nova oportunidade do destino, porém não se recorda do grande amor de sua vida. Ele e...