Cap.156: Queria que continuasse.

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Pov. Dulce

Desde que a luz tinha voltado há algumas horas atrás, vovô tinha colocado um disco de vinil em sua antiga vitrola. E canções de Natal começaram a soar pela casa. Ele parecia genuinamente feliz indo ao sótão pegar caixas com vários objetos decorativos. Quando entrei na sala, vi que tinha colocado num canto uma discreta árvore de Natal. Mas acho que a minha chegada o deixou mais animado. Estava se esforçando para tornar o nosso Natal mais festivo.

Eu estava tensa. Mas procurava disfarçar o quanto podia, principalmente na frente do meu avô. Estava muito difícil relaxar perto do Chris. Depois que enfrentamos e conseguimos nos salvar daquele estranho fenômeno meteorológico, me afastei dele. Contudo, seus olhos me seguiam por toda parte. Evitava encará-lo, porque aquilo acabava com minha concentração e me deixava um pouco embaraçada, como acontecera há pouco, quando o flagrei olhando todo bobo pra minha barriga. Eu ficava sem saber o que fazer nesses momentos.

Procurei me ocupar bastante. Aproveitei que ele e o vovô tinham saído para ajudar Wesley com alguma coisa lá fora e resolvi abrir uma das caixas com enfeites. Encontrei muita coisa legal, trancei belos cordões dourados, vermelhos e verdes, para pendurá-los nas janelas. Peguei a escada, colocando a em frente à vidraça. Tinha acabado de subir os degraus e esticar o braço, quando escutei a porta se abrindo.

— Ficou maluca? — Christopher perguntou zangado, marchando em minha direção.

— Qual é o problema? — perguntei espantada.

— Já pensou o que pode acontecer se despencar daí? — argumentou parando bem do meu lado.

— Nem estou tão alto assim!

— Não interessa! — exclamou autoritário, enquanto me pegava pela cintura e me colocava no chão. — Não quero que nada de ruim aconteça com vocês!

— Chris, não sou de porcelana!

— Sei que não é, mas não quero que corra risco.

— Pode deixar, sei me cuidar. Já sou bem crescidinha, sabia?

Ele continuava me segurando e fiquei nervosa.

— Sabe como você é importante pra mim, não é? — perguntou mais calmo. — Vocês dois são.

— Eu prometo tomar cuidado. — falei, procurando disfarçar toda a emoção que sentia quando ele agia assim. — Acho que pode me soltar agora.

Mas o Chris não fez o que pedi. Prendi a respiração quando uma de suas mãos deslizou suavemente por dentro da minha roupa e foi parar na minha barriga, que agora acariciava carinhosamente. Meu raciocínio automaticamente ficou mais lento, assim como minhas reações ganharam um delay.

— Chris, por favor... — pedi baixinho.

Eu fiquei com a mente completamente confusa ao sentir sua mão quentinha na minha pele. Não tinha conseguido concluir a frase, fiquei sem definir se estava pedindo para que ele se afastasse ou se pedia que prosseguisse. Aproveitando-se da minha evidente confusão, ajoelhou-se e suspendeu minha blusa, expondo minha barriga, que virou alvo dos seus beijos. Não tive coragem de afastá-lo. Pior: não queria afastá-lo! Eu estava tão carente dele, de sentir essa conexão forte e imediata que tínhamos; de sentir essa alegria apaixonada e vibrante quando estávamos juntos e que, agora, somada à gravidez, tornava nosso elo ainda mais forte. Então me deixei contagiar por sua satisfação com a recém descoberta da paternidade. E ri daquela demonstração tão esfuziante, enquanto ele continuava a me beijar. Timidamente, ergui as mãos e toquei seus cabelos. Ele soltou um som engraçado, que me lembrou o ganido satisfeito que faz um cachorrinho ao receber um carinho no lugar certo. Acabei por enfiar todos os dedos em seus cabelos, prendendo-os na nuca.

Ele estava com a barba por fazer, sentia cócegas com os pelos de seu rosto roçando minha pele. E, infelizmente, percebi que começava a sentir algo mais com esse contato. Seus lábios macios e aquela barba roçando na minha barriga começaram a me provocar arrepios, e soltei um suspiro involuntário. O Chris parou o que fazia. Por um instante, fiquei sem entender sua súbita imobilidade. Então duas coisas aconteceram simultaneamente que me fizeram bambear as pernas: senti algo macio, quente e úmido me lambendo; ao mesmo tempo, uma mão descer e apertar minhas nádegas.

Não tinha nenhum vestígio de inocência naquelas carícias, ele lambia e beijava meu ventre, enquanto apertava meu traseiro, e me senti afogando naquilo. Meu corpo pedia por ele, cada célula do meu corpo queria que continuasse e não parasse nunca.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora