Cap.164: Jogue sua âncora.

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Pov. Dulce

Ele não se aproximou afoito como imaginei que faria. Veio com passos controlados, admirando-me com calma. Despiu-se com a mesma tranquilidade e, sem pressa, deitou-se ao meu lado. Senti-me beijada por onde seu olhar me percorria, provocando arrepios de pura antecipação. Aguardava por algum movimento seu, quando ele finalmente aproximou sua mão. Prendi a respiração. Soltei o ar quando ele a pousou sobre meu ventre.

— Adoro saber que nosso filho está aqui, dentro de você. — com essa declaração, meus olhos se encheram de lágrimas.

Suas mãos subiram passeando pela minha pele, percorrendo a curva da cintura, costelas, seios, colo... Até tocarem o meu rosto. Aproximando nossas faces, pressenti o beijo que ansiava.

— Eu te amo. — e me beijou.

Como explicar o inexplicável, como descrever o indescritível? Sua boca na minha, suas mãos no meu corpo! Era uma experiência quase sagrada. Tanta entrega e adoração mútua... A gente se olhava e se tocava como se estivéssemos fazendo algo santificado; como se ao nos amar estivéssemos praticando um ritual divino.

Nunca senti tanto amor pelo Chris quanto nessa noite, quando ele me amou com extremo cuidado, alegando fazer isso pelo meu estado delicado

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Nunca senti tanto amor pelo Chris quanto nessa noite, quando ele me amou com extremo cuidado, alegando fazer isso pelo meu estado delicado. Estado delicado?! Quando trocamos de posição e me sentei sobre ele, dei provas de que estava grávida, sim, mas não era feita de vidro.

Compusemos a mais bela sinfonia.

Quando nos arrastamos para a cama mais tarde, ele nos cobriu com o edredom e nos abraçamos felizes. Estava com os olhos entreabertos e bem sonolenta quando ele me beijou uma última vez.

— Eu era um navio perdido navegando na tempestade, agora atraquei em seu cais. Finalmente posso dizer que voltei para casa— declarou emocionado.

— Jogue sua âncora, prenda suas correntes e seja bem-vindo. — sussurrei ao seu ouvido.

Pov. Chris
Escutei o som de uma pancada discreta. Lembrei-me do galho batendo na janela do quarto e fiz uma anotação mental de cerrá-lo mais tarde. No momento, nem me mexi. Estava abraçado à Dulce, embaixo das cobertas, impregnado pelo seu calor, inebriado pelo seu cheiro de baunilha. Nada me faria sair dali.

As pancadas prosseguiram um pouco mais fortes. Para meu espanto, ouvi a porta do quarto se abrir. Olhei em sua direção e vi o meu avô entrar e dizer nervoso:

— Christopher Uckermann, você está muito atrasado e... — ele se calou, assim que percebeu que não estava sozinho na cama.

Vovô nos olhou surpreso. E parecendo compreender rapidamente o que havia acontecido, abriu um discreto sorriso, vendo que Dulce dormia profundamente ao meu lado.

— Bem, acho que posso me virar sozinho essa manhã. — murmurou antes de se virar.

— Obrigado, vovô. — murmurei aliviado e voltei a deitar a cabeça no travesseiro.

Ele já estava saindo, quando, antes de fechar a porta, voltou-se. Ergui mais uma vez a cabeça e olhei para ele.

— Tomem cuidado ao sair. Ouvi um animal estranho agonizar durante a noite! — avisou rápido antes de sair.

Voltei a deitar, rindo comigo mesmo e feliz por saber que aquela “agonia” estava apenas começando.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora