Cap.37: Pegue a aliança, Christopher.

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- Não me importo mais. - respondi com doçura. - Obrigada por compartilhar comigo algo tão lindo como esse álbum, foi um presente maravilhoso.

- Sério? Gostou mesmo? - perguntou olhando-me ansioso. - Não te assustei?

- Não, nem um pouco. Achei muito lindo. - respondi sorrindo. - Na verdade, acho que devo retribuir, quero dar um presente pra você.

- Um presente, para mim? - perguntou surpreso.

- Sim! Compreendi que se tem alguém prejudicado nessa história, essa pessoa é você. Por tudo o que passou e ainda está passando, acredito que isso será o mínimo que posso fazer.

- O quê?

- Pegue a aliança, Christopher. - percebi que o peguei completamente de surpresa. Arregalou os olhos, ficando congelado por tanto tempo, que tive que sorrir. - Não me importo de esperar, mas se você demorar mais um pouco, vou dormir.

Caindo em si, ele saltou da cama com agilidade, foi até a mesma gaveta no guarda-roupa, voltando de lá com uma caixinha nas mãos, estendendo-me.

- Bem, não tenho muita certeza sobre essas coisas, mas acho que o noivo é que coloca a aliança no dedo da noiva, não é mesmo? - falei com bom humor.

- Tem certeza de que quer fazer isso? - perguntou olhando-me nos olhos.

- Nada me daria maior prazer. - respondi confiante.

Ele abriu a caixa com as mãos trêmulas, ajoelhou-se à minha frente, pegou minha mão esquerda e, com delicadeza, colocou a aliança em meu dedo.

- Você não sabe o quanto sonhei com esse momento. - disse num sussurro e me deu o mais lindo dos sorrisos, daqueles de tirar o fôlego, abaixou a cabeça e beijou minha mão e a aliança.

- Pelo que percebi, nós dançamos depois da cerimônia, certo?

- Sim.

Levantei-me, ficando de pé e lhe estendi a mão.

- Dança comigo?

Ele me deu um olhar profundo e emocionado, demonstrando o quanto significava esse momento.

- Nada me daria maior prazer. - respondeu pegando minha mão, imitando o que eu tinha dito há pouco, e sorri.

Ele foi até o som, ligando o aparelho e, em instantes, uma música romântica soava. Seus braços me envolveram e começamos a dançar coladinhos.

- Eu te amo. - declarou. - Eu vou te amar. Isso é uma promessa!

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Pensei que o batismo de fogo ao me tornar monogâmico havia sido a festa Halloween da Anahí, momento em que tive de enfrentar uma plateia, ao me declarar publicamente apaixonado.

Agora, ao ficar parado em frente a casa dela, olhando a campainha que estava prestes a apertar, percebo que o que fiz não significou nada perto do que estava por acontecer: conhecer sua família num almoço de domingo.

Droga! - pensei nervoso, enquanto passava a mão na testa. - Como foi que me meti nessa? Pergunta completamente retórica, já que eu sabia muito bem a resposta, mas pra falar a verdade, ainda me espantava com minhas atitudes.

Não que tenha dúvidas sobre meus sentimentos, eu sabia que estava mais do que amarrado àquela gata indiana. Talvez, acorrentado fosse a palavra mais adequada!

Tinha a impressão de que estava enrolado por correntes de titânio presas por um cadeado que alguém tinha jogado a chave fora. Isso aí! Chamem a imprensa! Alfonso Herrera era homem de uma só mulher! Tudo bem.

Mas essa situação se revelou mais difícil de administrar do que imaginava, exigindo certa adaptação e algumas mudanças básicas. Às vezes bem drásticas. Garotas conhecidas continuavam me procurando, novas surgiam.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora