Cap.76: Quer treinar comigo, senhor Uckermann?

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Contudo, ele colocou as mãos em meus ombros, afastando-me ligeiramente, o que foi o suficiente para me fazer murmurar uma reclamação.

- Só um momento. - pediu rápido. - Já volto!

Confusa, observei o que fazia. Ele se levantou e olhou brevemente ao redor como se procurasse alguma coisa. Depois foi até o sofá, retirou a manta que o cobria e, num movimento ágil, estendeu sobre o piano.

- Deve estar frio. - explicou apressado. - Assim vai ficar mais confortável.

Olhei para o Christopher ainda um pouco confusa sobre o que deveria fazer em seguida. Tinha tomado à decisão de me entregar a ele. Como isso ia acontecer, tinha deixado em suas mãos.

Mas parei de pensar quando o vi tirar os sapatos e desafivelar o cinto, tirando rapidamente a calça e se revelando. E, então, ele estava vindo em minha direção.

Tudo aquilo só pra mim, Christopher Maravilhoso Uckermann só para mim. Ele parou à minha frente, olhou-me com carinho e disse ao meu ouvido:

- Deita em cima do piano.

Eu olhei pra trás, onde ele tinha estendido a manta e entendi. Erguendo-me pelos quadris, ele me colocou sentada em cima do piano. Fui me arrastando para trás, com ele vindo logo em seguida, andando de quatro, como um leão.

Fui deitando devagar, baixando minhas costas, à medida que ele se aproximava com um charme felino.

- Nada poderia ser mais perfeito - revelou com a voz carregada de desejo e emoção. - Meu piano e você, juntos, os instrumentos mais perfeitos do mundo.

Ele parou bem em cima de mim, depois me olhou inteira com um olhar guloso.

- Vamos fazer um concerto essa noite, meu amor. Irei compor músicas no seu corpo. - e dizendo isso, passou a mão pelo meu braço - Só tenho que descobrir onde se escondem suas teclas.

- Você não lembra? - perguntei bem humorada.

- Oh, lembro-me de cada pedacinho de você! - respondeu com um sorriso, finalmente baixando o corpo sobre o meu. - Mas, sabe como é, aprender um instrumento requer treino constante e muita dedicação.

- Quer treinar comigo, senhor Uckemann? - perguntei abraçando-o.

- A noite toda - respondeu.

- Como você é aplicado!

- Vem cá e me deixa mostrar como se faz música de verdade!

Ele me beijou e tudo começou a acontecer muito rápido. Christopher parecia ligado a 220 volts. Seu corpo pressionava o meu, suas mãos passeavam por toda minha pele, nos agarrávamos, nos beijávamos, nossos corpos ondulando.

- Dulce... - murmurava meu nome enquanto prosseguíamos. - Dulce...

Sentia-me tão segura, tão certa do que queria. Minha timidez foi para o espaço! Cada toque me incendiava. Estava mergulhada na força de uma deliciosa agonia que me subjugava.

Mesmo não tendo recordação das minhas experiências anteriores, minha pele reagia de forma diferente. Algum tipo misterioso de memória celular parecia reconhecer o que ocorria.

Minha pele reconhecia a magia daquele toque, como se meu corpo fosse uma máquina programada para se ligar quando tocado pela impressão digital correta. Porém, era mais do que uma identificação física.

Aquele despertar alcançava um nível muito mais profundo. Transcender, talvez fosse a palavra correta. Minha alma reconhecia a dele. Era a única explicação que encontrava para o que sentia. Éramos a comunhão de corpo e espírito.

Mesmo estando envolvida por Christopher, com meus sentidos concentrados nele, aceitando e recebendo carinhos de todo tipo, ainda era minha primeira vez.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora