Cap.79: Você me ama mesmo?

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Estava de lado, virado de frente pra ela, apoiando a cabeça no cotovelo dobrado. Com o outro braço, continuei passeando minha mão suavemente por suas costas, descendo e subindo lentamente

- Está dormindo? - perguntei ao ver seus olhos fechados.

- Não. - respondeu com um leve sorriso e balançando os pés. - Só estou pensando.

- Em quê? - perguntei curioso.

- No quanto te amo. - disse num sussurro.

Não resisti e abaixando a cabeça beijei rapidamente seu ombro.

- E no quanto fui tola esse tempo todo.

- Você não foi tola, só estava um pouco confusa, o que devido aos acontecimentos é bem natural.

- Hum, talvez. - falou abrindo os olhos ligeiramente.

- Mas gostaria de saber uma coisa...

- O quê? - perguntou com voz preguiçosa.

- Desde quando sabe que me ama? Ou melhor, quando tomou consciência disso?

Suas bochechas ganharam um tom rosado, parecendo um pouco embaraçada. Manteve os olhos baixos.

- Acreditaria se dissesse que descobri essa noite?

- Verdade? - perguntei surpreso. - Mas em que momento?

- Ah, foi durante a apresentação da peça. Eu estava assistindo sua atuação, admirando todo seu talento, quando, sem aviso, a verdade surgiu em minha mente. O mais curioso é que não foi, tipo assim, uma revelação ou algo fora do normal. Olhei pra você e sabia que te amava, como se fosse algo que já soubesse há muito tempo, apenas tinha esquecido. Absolutamente natural.

- Esperei tanto por isso. - falei emocionado e feliz. - Esperei tanto pelo momento em que você voltaria a me amar, a me querer. E agora que aconteceu, quase não consigo acreditar. Parece que estou vivendo um sonho impossível.

- Então estamos vivendo o mesmo sonho. - afirmou com suavidade.

- E se for mesmo sonho, não quero acordar.

Aproximei meu rosto do dela e beijei seus lábios delicadamente, enquanto minha mão descia por suas costas e parava na polpa carnuda de suas nádegas.

- Meu amor, seu corpo é uma escultura. Simplesmente perfeito, tão perfeito.

Não cansava de tocá-la, especialmente agora que voltávamos a usufruir toda intimidade e cumplicidade que costumávamos partilhar. Deslizando as mãos pela sua pele parei em seus ombros.

Segurando-a, fiz com que girasse, repousando suas costas no piano. Dulce era uma visão e tanto, cabelo lindamente despenteado, os cachos contrastando na manta clara, olhos brilhantes, sorriso confiante e exalando amor pelos poros.

Deitei por cima dela, fazendo com que nossos rostos ficassem exatamente um por cima do outro, segurei sua face entre minhas mãos.

- Eu te amo. - afirmei olhando em seus olhos. - Nunca tenha dúvida disso.

- Já tive, hoje não tenho mais. Nunca esqueça que sempre cumpro minhas promessas.

- Promessas?

- Sim. Eu prometi que ia amá-lo, não é mesmo?

Ela abraçou-me apertado tornando nosso contato ainda mais íntimo, despertando em mim o desejo de tê-la novamente, me perdendo nessa pele, me fundindo nessa carne.

- E você me ama mesmo, senhora Uckermann? - falei num tom de desafio.

Dulce me brindou com um sorriso caloroso.

- Pra que falar se posso mostrar? - enfiou as mãos em meus cabelos e me puxou de encontro a sua boca.

A confirmação do que havia dito estava ali naquele beijo ávido, cálido e com gosto de baunilha.

- Alguma dúvida? - perguntou quando nossos lábios se separaram.

- Talvez precise de mais confirmação. - respondi maroto.

Ela me brindou com um olhar carregado de malícia.

- É mesmo? Bem, vamos ver o que posso fazer a respeito.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora