Cap.139: O impulso foi mais forte.

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Pov. Anahí

- Obrigado. - retribuiu ao lhe servir uma caneca com a bebida umegante.

Sentei à sua frente e começamos a bebericar com satisfação.

- Delicioso. - ele elogiou com expressão prazerosa.

- Hum, hum. - murmurei em concordância.

- Preciso ser sincero.

- Sobre? - perguntei curiosa.

- Sobre você. - respondeu pensativo. - Sobre mim.

- Sobre nós? - indaguei surpresa.

- E existe um nós? - replicou com um sorriso insinuante.

- Não coloque palavras em minha boca, você sabe o que eu quis dizer. - declarei séria.

Ele soltou um longo suspiro.

- Sim. Infelizmente sei, é que tive a esperança de... - parou de falar olhando fixamente para o seu chá.

- De... - estimulei.

- De que meus sentimentos fossem correspondidos. - completou, dando de ombros.

Parei a caneca a meio caminho da boca. Seria possível que tivesse ouvido corretamente? Estaria o Samuel Herrera se declarando? Achei melhor não levar aquilo à sério. Nosso pouco contato já havia revelado o grande conquistador que era; provavelmente, seria só uma nova tentativa leviana de sedução.

- Preciso ir embora. - informei, depositando a caneca na mesa e logo me pondo de pé.

- Espere! - pediu rapidamente, ao tempo em que segurava meu pulso. Mas me soltou, logo que viu que tentei me afastar de seu contato. - Por favor, fique. Eu preciso dizer algumas coisas antes que parta e quero fazer isso enquanto ainda tenho coragem e estamos sozinhos.

Ele falava sério, seu rosto demonstrava tensão e constrangimento, como se não estivesse muito acostumado a pedir favores, especialmente esse. A situação começava a revelar-se tão diferente, que resolvi ceder. Voltei a sentar e aguardei pelo que viria.

- Não sou homem de rodeios, costumo ser direto. Quando vejo algo que quero, estico a mão e pego, simples assim. - afirmou com voz firme. - E desde a primeira vez que te vi parada aqui na porta de casa, quando me confundiu com o Alfonso, soube que te queria. Apenas fisicamente à princípio, tenho que confessar. Uma atração louca que me tirou noites de sono, especialmente sabendo que você estava dormindo o tempo todo bem ao lado. - confessou com riso nervoso. - Até o sentimento ser só físico, tudo bem, eu sabia lidar com isso, afinal não sou mais adolescente. Os dias foram passando, comecei a te observar melhor. Mesmo me evitando como fazia, e nem tente negar, sei que você me evitava, e tudo bem. No seu lugar, talvez fizesse o mesmo, principalmente depois do meu assédio naquela madrugada. Acredite, foi impossível me controlar, o impulso foi mais forte que todo bom senso.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora