Cap.131: Quem ama não trai.

1.1K 91 19
                                    

🌺🌹🌺🌹🌺🌹🌺🌹🌺🌹🌺🌹♛♕♛♕♛♕♛♕♛♕♛♕♛♕♛♕

— Preciso falar com a Dulce. Ela não atendeu aos meus telefonemas. Preciso vê-la, conversar com ela. O senhor tem que me deixar entrar!

— Tenho que deixá-lo entrar? — falou firme como uma muralha. — Você perdeu qualquer direito a isso! Tem ideia do que a sua mãe e eu estamos passando desde ontem à noite? Recebemos um telefonema da Dulce dizendo estar perdida numa estrada qualquer a caminho de Londres, chorando desesperadamente e sem condição alguma de dirigir. Ela foi obrigada a parar o carro porque, em razão do seu estado emocional, quase se envolveu em outro acidente.

Só de imaginar as coisas que o meu pai falava, da Dulce ter corrido risco de um novo acidente, e por minha causa, meu peito doía como se estivesse sendo esmagado.

— Fomos buscá-la e encontramos Dulce devastada, chorando incontrolavelmente. Trouxemos ela pra casa e depois que conseguiu se acalmar um pouco, contou-nos o motivo de tudo aquilo! — tremi ao ver a raiva brilhando nos olhos do meu pai — Como você teve coragem de fazer isso com ela, com a minha menina?

— Pai, escute! Eu... Eu não sei bem o que aconteceu. — falei inseguro. — Acho que bebi um pouco, perdi o controle das coisas, mas não tive intenção de magoar ninguém. Na verdade, nem sei o que realmente pode ter acontecido.

— Não teve a intenção? Você não é mais criança, Chris! Chegar com cara de arrependido e dizer que sente muito não resolve as coisas! Por causa da sua farra, Dul podia ter morrido ontem à noite. Ela está arrasada, sem condição de ver quem quer que seja, muito menos você!

— Mas preciso vê-la! O senhor não pode me proibir de falar com ela, Dulce é minha esposa!

— Sua esposa? Pensasse nisso, quando resolveu se deitar com a primeira vagabunda que encontrou! — falou furioso. — A partir de hoje, você perdeu qualquer direito que tinha sobre ela! Assumo novamente a vida de minha filha. E se digo que ela não irá vê-lo, não irá!

— O senhor não pode fazer isso! — gritei em desespero. — Não pode me impedir de me aproximar dela. Tenho que me explicar, fazê-la entender! — e dizendo isso tentei passar pelo meu pai, indo em direção à porta.

Mas ele me empurrou com firmeza.

— Ela não quer vê-lo! — disse ao me barrar. — Ela não tem condição alguma de ver você nesse momento!

— Ela não quer me ver? — perguntei sem acreditar. — Mas ela precisa me receber, preciso acalmá-la! Ela tem que saber que nada mudou, continuo o mesmo. Eu a amo!

— Ama? Por acaso, quem ama deixa sua esposa em casa para sair praticando orgias? Não ouse falar em amor perto de mim! — esbravejou cheio de cólera. — Quem ama não trai, não magoa, despedaçando o coração dela como fez! Você é um completo irresponsável! Além de feri-la dessa forma abominável, a fez arriscar todo seu futuro, deixando-a nessa condição sem volta! Você faz alguma ideia do que foi pra ela ver o marido na cama com outra, no estado em que se encontra? Você conseguiu destruir todos os sonhos dela, todo seu futuro, simplesmente porque não conseguiu agir com responsabilidade!

— Do que o senhor está falando? — perguntei confuso. — Condição? Que estado?

Não entendo mais nada! Meu pai estava roxo de raiva, chegava tremer de fúria. Se tinha alguém que defendia sua cria, era ele. E quando se tratava da Dulce, sempre foi super protetor. Foi a muito custo que tinha aceitado nosso casamento, quase um milagre.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora