Cap.104: Fique longe da minha garota.

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— Não? — perguntou de forma cínica — Ora, veja só, impressionante como uma mulher consegue mudar a vida de um homem! Parabéns, Anahí! Você realmente deve ser muito especial. — o encarei irritada e senti o estômago retorcer com o evidente brilho de cobiça em seu olhar.

— Agora chega com os seus joguinhos! Não estamos interessados neles. — falou o Alfonso com desprezo.

— Acho melhor falar por você! Pode ser que ela esteja interessada, não é mesmo? Já pensou, Anahí, dois Alfonso pelo preço de um? Que pechincha!

Alfonso olhou furioso para ele e fiquei sem saber como agir diante da maliciosa insinuação.

— Cale essa maldita boca!

— Ah! Esqueci que você não gosta de partilhar. Mas que irmãozinho egoísta fui arrumar! — e dizendo isso Samuel soltou uma risada.

— Chega! Isso não tem graça! — o Poncho falou ficando de pé.

— Claro que tem graça! E sabe o que foi mais engraçado? Ela me agarrou ali mesmo na porta, pensando que eu fosse você! — provocou sorrindo.  — Ah, Alfonso! Não é curioso como algumas histórias se repetem? Foi tão rápido que quase não acreditei que tivesse acontecido!

O Alfonso saltou, enfiou a mão no pescoço do irmão, atirando-o contra a parede e o prendendo ali com firmeza. Em seu rosto, uma máscara de fúria.

— Vou te avisar uma única vez, fique longe da minha garota!

— O que foi, irmãozinho, não está preparado para um pouco de competição? — perguntou Samuel tentando se soltar. — Não confia no seu taco? Na verdade, acho que isso não depende só de mim, não é mesmo? O que posso fazer se suas garotas caem aos meus pés?

Alfonso apertou ainda mais o pescoço do Samuel, batendo com a cabeça dele na parede.

— Alfonso! — gritei apavorada sem saber o que fazer.

— Você nunca mais vai se aproximar dela, está me ouvindo? — ameaçou furioso, apertando ainda mais o pescoço do irmão. — E se o fizer, acabo com você! Ouviu, está me entendendo?

Quando Samuel conseguiu acenar positivamente com a cabeça, já que não conseguia falar por estar quase sufocando, o Poncho afrouxou o aperto.

— Agora, suma daqui! — falou, jogando-o em direção à porta.

Samuel colocou a mão no pescoço dolorido, recuperando a respiração. Olhou com ódio pro Alfonso e, em seguida, pra mim. Abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa, mas desistiu no último momento. Depois que ele sumiu porta afora, cruzei os braços, virei pro Poncho, completamente atônita, e perguntei:

— O que significou tudo isso?

Ele suspirou.

— Sente-se. É uma longa história.

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Sentei ao lado dela, respirei fundo tentando me acalmar e organizar os pensamentos. Aquele confronto com o Samuel tinha me tirado do sério. Olhei para Anahí que aguardava de braços cruzados, sentada no sofá. Ela mordia nervosa a boca, enquanto esperava por minhas explicações.

Por onde começar? Resolvi me levantar. Achei melhor me movimentar enquanto falava, não conseguiria ter aquela conversa parado, estava muito agitado.

— Meus problemas com meu irmão começaram há muito tempo atrás, não é algo novo. — comecei a falar de costas pra ela. — Acho que, depois que nasci, ele não superou o fato de não ser mais filho único. Ele sempre gostou de ser o centro das atenções. Depois que perdeu o posto, começou a competir comigo em tudo. Na infância, competia por atenção, brinquedos, amigos; na adolescência, incluiu… garotas. — fiz uma pequena pausa, organizando os pensamentos.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora