Cap.174: Tenha cuidado!

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Pov. Chris

Vovô e eu terminamos nossos afazeres mais cedo naquele dia.Iríamos para casa almoçar e ajudaríamos Dulce a preparar tudo para nossa noite de Ano Novo.

Sorri ao lembrar como a deixei animada àquela manhã. E estava curioso para saber qual tinha sido o resultado de sua conversa com papai. Se tudo desse certo, voltaríamos para Londres naquela semana e recomeçaríamos nossa vida juntos. Teria que arrumar um trabalho o quanto antes. Queria me mudar com ela para um apartamento só nosso. Já estava mais do que na hora de termos nossa própria vida e mais privacidade. Também queria arrumar um quarto só para o bebê. Com certeza, Dulce iria adorar decorá-lo. Mas antes, viajaria com ela. Teríamos outra lua de mel. E eu tinha esperança de que dessa forma pudesse ajudá-la a recuperar a memória.

Estava assim pensativo quando chegamos. Paramos surpresos ao ver a porta da frente aberta e ninguém por perto.

Chamei por Dulce e não obtive resposta, fomos até a cozinha e vimos algumas cenouras em cima da pia, algumas já descascadas. Seu avental estava pendurado na cadeira. Nenhum vestígio dela e a refeição não estava pronta.

— Tem alguma coisa errada. — declarou vovô, e confirmei com a cabeça. Nos olhamos e, não sei por que, senti algo muito estranho no ar.

Procuramos pelo resto da casa sem sucesso. Liguei para seu celular, mas o encontramos tocando em nosso quarto. Voltamos para o lado de fora e chamamos por ela. Nada. Passava sem parar a mão pelos cabelos. Estava começando a realmente a ficar preocupado.

— Onde ela pode ter ido? — perguntei apreensivo.

— Não deve ter ido muito longe. — respondeu vovô. — O casaco dela continua pendurado na entrada.

Olhava para os lados, esperando que ela surgisse de algum lugar, de qualquer lugar. Começou a passar de tudo pela minha cabeça: que pudesse ter passado mal, que fosse alguma coisa com o bebê, talvez tivesse ido me procurar e desmaiado no caminho...

Estava me remoendo de preocupação, quando vi vovô se agachar em frente a casa e examinar o chão com cuidado.

— Christopher, um carro esteve parado aqui recentemente. — afirmou sério. — Estas marcas de pneu são recentes.

Às vezes eu esquecia que meu avô havia sido militar e tinha prática com essas coisas de pistas e reconhecimento de terreno.

— Será que ela saiu de carro? — perguntei.

— Não sei. — disse preocupado. — Vá verificar na garagem enquanto falo pelo rádio com Wesley.

Fui correndo fazer o que me pediu. Todos os carros continuavam na garagem. Voltei correndo, cada vez mais apreensivo.

— Os carros estão todos lá. — disse assim que me aproximei. — Conseguiu falar com Wesley?

— Sim, Mary e ele não viram nada. Ele está em contato com os outros funcionários para verificar se alguém tem alguma informação.

Enquanto aguardava, continuei rodando ao redor da casa, esperando que ela surgisse. Ouvi vovô me chamando e voltei ansioso, esperando ter uma boa notícia.

— Wesley acabou de me dizer que um dos funcionários viu um carro entrando no sítio, guiado por uma mulher. Ela parou, perguntou a ele de quem era a propriedade, agradeceu e seguiu em frente.

— Uma mulher? Ele disse como era essa mulher?

— Jovem, bonita e muito bem vestida.

Quando ouvi aquela descrição, a imagem de uma pessoa me veio imediatamente à mente, alguém que parecia se encaixar com perfeição.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora