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Sentados ao redor de uma mesa na pizzaria, observei os irmãos da Anahí e percebi que aquela mania de falar sem parar era um traço de família.
Falavam alto, gesticulavam muito, contavam piadas, inventavam histórias, davam tapas uns nos outros, e tudo ao mesmo tempo. Juntando comigo e com o Alfonso, fazíamos uma bagunça daquelas.
— E aí, como vão os preparativos para a festa da Anahí? — perguntei para o Alfonso.
— Tudo no esquema! — respondeu alegre. — E o mais divertido é que ela não desconfia de nada!
— Onde vai ser?
— Lá em casa mesmo. — respondeu Apas. — Vamos ter uma típica festa indiana!
— Isso aí! — o Poncho confirmou. — Quero todo mundo vestido à caráter. Então, trate de arrumar algo pra você e um sari pra Dulcr.
— Agora que você avisa! — falei preocupado.
— Ah! dá tempo! — falou depois de engolir um pedaço de pizza. — Ainda falta uma semana.
— Se quiser, podemos emprestar algo pra você! — ofereceu Vayu. — Vamos emprestar uma túnica para o Poncho!
— Claro que aceito! Fico aliviado! Vou falar logo com Dulce, ela não vai gostar nada de procurar roupa na última hora. — comentei enquanto pegava meu celular. — E por falar na minha esposa, vou ligar pra saber se chegou bem em casa.
— Ele é casado, mesmo? — perguntou Prithivi ao Alfonso.
— Casadíssimo! — respondeu enquanto eu apertava a tecla de discagem rápida. — Super, hiper, ultra, mega casado! Vai! Mostra a prova do crime pra eles! — pediu pegando minha mão esquerda e erguendo no ar para que todos vissem minha aliança.
— Caramba! Mas sendo Dulce a gente até perdoa. — disse Tejas. — A gata é tão gostos... — mas ele parou de falar quando viu minha cara feia — Quer dizer, é muito bonita.
— Alô... — ouvi uma voz sonolenta atender. — Te acordei? — perguntei.
— Hum, hum... — Dulce murmurou. — Mas não tem problema, dormi mais do que devia.
— Desculpa ter te acordado, amor. — e ao dizer aquilo, todos os machos na mesa falaram em coro: “Ai, que meigo!”.
Ao que respondi fazendo uma careta, e deram uma sonora gargalhada.
— Quem está aí com você? — ela perguntou.
— Só a rapaziada que te falei, viemos para uma pizzaria depois do jogo, mas preferi só beber alguma coisa e já estou de saída. — respondi. — Queria saber se você está a fim de sair para comer alguma coisa comigo.
— Topo. Acordei morta de fome!
— Aonde você quer ir?
— Estou com vontade de comer cachorro-quente, pode ser?
— Claro! Estou saindo agora, chego aí em quinze minutos.
— Ok. Estou te esperando. Te amo!
— Também te amo. — desliguei.
E todo mundo na mesa colocou a mão no peito e cantou o refrão da famosa música da Whitney Houston no filme O Guarda-Costas.
— O que não faz a inveja! — brinquei ao me levantar. — Até mais, seus mal amados!
— A gente te chama de novo quando marcarmos a próxima partida. — falou Vayu.
— Combinado! — respondi.
— Depois a gente se fala! — falou o Poncho.
Peguei minha mochila e saí em meio a um verdadeiro coral que cantava And I will always love youuu! — com essa, não tive como não rir.
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Voltamos pra casa já bem tarde. Depois do cachorro-quente, fomos pegar um cineminha. Ao final da sessão, comecei a me sentir estranha, um pouco enjoada. Respirei fundo várias vezes, e a sensação foi passando. Mas no trajeto pra casa a sensação voltou e, a cada curva que o Christopher fazia com a moto, o mal estar piorava.
Já estava pensando em pedir pra ele parar, quando percebi que estávamos perto de casa. Assim que paramos, desmontei, tirei o capacete e saí correndo em direção ao banheiro com a mão na boca. Só deu tempo de enfiar a cara no vaso e comecei a vomitar.
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Mais Que Irmãos - 2° Temporada
FanficSinopse: Quando a mente se encontra na escuridão, deixe o coração ser seu guia. O amor de Dulce e Christopher foi eclipsado por um trágico acidente. Ela recebeu uma nova oportunidade do destino, porém não se recorda do grande amor de sua vida. Ele e...