Cap.93: Vontade de comer cachorro-quente.

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Sentados ao redor de uma mesa na pizzaria, observei os irmãos da Anahí e percebi que aquela mania de falar sem parar era um traço de família.

Falavam alto, gesticulavam muito, contavam piadas, inventavam histórias, davam tapas uns nos outros, e tudo ao mesmo tempo. Juntando comigo e com o Alfonso, fazíamos uma bagunça daquelas.

— E aí, como vão os preparativos para a festa da Anahí? — perguntei para o Alfonso.

— Tudo no esquema! — respondeu alegre. — E o mais divertido é que ela não desconfia de nada!

— Onde vai ser?

— Lá em casa mesmo. — respondeu Apas. — Vamos ter uma típica festa indiana!

— Isso aí! — o Poncho confirmou. — Quero todo mundo vestido à caráter. Então, trate de arrumar algo pra você e um sari pra Dulcr.

— Agora que você avisa! — falei preocupado.

— Ah! dá tempo! — falou depois de engolir um pedaço de pizza. — Ainda falta uma semana.

— Se quiser, podemos emprestar algo pra você! — ofereceu Vayu. — Vamos emprestar uma túnica para o Poncho!

— Claro que aceito! Fico aliviado! Vou falar logo com Dulce, ela não vai gostar nada de procurar roupa na última hora. — comentei enquanto pegava meu celular. — E por falar na minha esposa, vou ligar pra saber se chegou bem em casa.

— Ele é casado, mesmo? — perguntou Prithivi ao Alfonso.

— Casadíssimo! — respondeu enquanto eu apertava a tecla de discagem rápida. — Super, hiper, ultra, mega casado! Vai! Mostra a prova do crime pra eles! — pediu pegando minha mão esquerda e erguendo no ar para que todos vissem minha aliança.

— Caramba! Mas sendo Dulce a gente até perdoa. — disse Tejas. — A gata é tão gostos... — mas ele parou de falar quando viu minha cara feia — Quer dizer, é muito bonita.

— Alô... — ouvi uma voz sonolenta atender. — Te acordei? — perguntei.

— Hum, hum... — Dulce murmurou. — Mas não tem problema, dormi mais do que devia.

— Desculpa ter te acordado, amor. — e ao dizer aquilo, todos os machos na mesa falaram em coro: “Ai, que meigo!”.

Ao que respondi fazendo uma careta, e deram uma sonora gargalhada.

— Quem está aí com você? — ela perguntou.

— Só a rapaziada que te falei, viemos para uma pizzaria depois do jogo, mas preferi só beber alguma coisa e já estou de saída. — respondi. — Queria saber se você está a fim de sair para comer alguma coisa comigo.

— Topo. Acordei morta de fome!

— Aonde você quer ir?

— Estou com vontade de comer cachorro-quente, pode ser?

— Claro! Estou saindo agora, chego aí em quinze minutos.

— Ok. Estou te esperando. Te amo!

— Também te amo. — desliguei.

E todo mundo na mesa colocou a mão no peito e cantou o refrão da famosa música da Whitney Houston no filme O Guarda-Costas.

— O que não faz a inveja! — brinquei ao me levantar. — Até mais, seus mal amados!

— A gente te chama de novo quando marcarmos a próxima partida. — falou Vayu.

— Combinado! — respondi.

— Depois a gente se fala! — falou o Poncho.

Peguei minha mochila e saí em meio a um verdadeiro coral que cantava And I will always love youuu! — com essa, não tive como não rir.

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Voltamos pra casa já bem tarde. Depois do cachorro-quente, fomos pegar um cineminha. Ao final da sessão, comecei a me sentir estranha, um pouco enjoada. Respirei fundo várias vezes, e a sensação foi passando. Mas no trajeto pra casa a sensação voltou e, a cada curva que o Christopher fazia com a moto, o mal estar piorava.

Já estava pensando em pedir pra ele parar, quando percebi que estávamos perto de casa. Assim que paramos, desmontei, tirei o capacete e saí correndo em direção ao banheiro com a mão na boca. Só deu tempo de enfiar a cara no vaso e comecei a vomitar.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora