Cap.177: Torcendo para o melhor.

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Pov. Chris

Londres!Finalmente estávamos de volta! Visitávamos uma grande loja de artigos infantis, olhando sonhadoramente para alguns móveis de quarto. Enquanto observava Dulce pedindo animada algumas informações para a vendedora, quase não conseguia acreditar no nível de alegria que sentia.

Eu simplesmente estava nadando em felicidade, mergulhado em satisfação, afogado em puro deleite.

Devia estar com uma expressão bem idiota, pois assim que Dulce se virou, veio em minha direção com um sorriso divertido.

- Em que está pensando? - perguntou parando à minha frente.

Segurei sua mão e trouxe aos lábios, pousando ali um beijo suave. Aspirando profundamente, senti o delicioso perfume de baunilha que emanava de sua pele e sorri completamente deliciado. Esta era a mulher da minha vida, minha esposa e irmã, Dulce.

- Penso que sou o cara mais feliz do mundo. - respondi.

Ela ficou na ponta dos pés, enlaçando-me pelo pescoço. Olhou-me daquele jeito caloroso e atrevido que eu amava. Ela era a mesma Dulce de sempre, com uma enorme e significativa diferença, seu olhar não era mais temeroso, ela me olhava com completa confiança, cheia de equilíbrio e amor, acima de tudo, amor.

Resgatados daquela terrível caverna pelos policiais e pela equipe de salvamento, seguimos imediatamente para o hospital. Fiquei todo o tempo ao lado de Dulce. Não nos separamos, nem mesmo quando precisou fazer alguns exames para ter certeza de que ela e o bebê estavam bem.

Ela foi levada de maca até a área de obstetrícia do hospital. Acompanhei atento, andando ao seu lado e segurando sua mão. Entramos numa sala pequena, onde havia um aparelho de ultrassonografia.

Sentei ao seu lado e vi lágrimas silenciosas escorrerem pelo seu rosto.

- O que foi? - perguntei preocupado.

- Estou com tanto medo. - respondeu soluçando. - E se o nosso bebê não estiver bem? E se algo aconteceu a ele, se o frio o atingiu, se...

- Shhh... - falei abraçando-a levemente. - Não sofra antes do tempo. O médico logo estará aqui. Vamos torcer pelo melhor, está bem?

Segurei seu rosto em minhas mãos, ela assentiu com a cabeça e beijei delicadamente sua testa. Eu também estava preocupado, mas tentei parecer calmo para não piorar a situação.

Um médico alto, magro e meio calvo entrou na sala e nos cumprimentou educadamente.

- Muito bem, senhora... - checou rapidamente o nome no prontuário. - Uckermann. Senhora?Você é o marido dela?

- Sim. Eu sou. - respondi rápido.

- Puxa! Como são jovens! - comentou e fiz cara feia. Não sabia por que, mas parecia que toda classe médica gostava de fazer aquela observação.

- Isso não vem ao caso, não é? Vamos iniciar o exame.

Assisti impaciente o médico levantar o avental de Dulce e espalhar gel em seu ventre. Logo ele estava deslizando o aparelho pela pele dela.

- E então, doutor? - Dulce perguntou nervosa. - Como está o bebê?

O médico ajeitou os óculos no rosto fino, parecendo muito concentrado. Isso só fez aumentar o nervosismo.

- Só um momento. - pediu.

Tentava me controlar, à medida que os segundos passavam e o médico permanecia sério e calado.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora