Cap.130: Não será mais bem-vindo.

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Desculpe não ter postado antes, minhas aulas começaram hoje e não me acostumei ainda na escola nova e estou um pouco sonolenta.
Mas já tenho 2 capítulos prontos hoje, se comentarem bastante posto mais.
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Eu guiava a moto como um louco. Nunca tinha corrido desse jeito, acelerando cada vez mais, como se seguisse o ritmo de meu coração, que batia dolorosamente dentro do peito. Minha respiração dentro do capacete também estava rápida e desigual, resultado do enorme nervosismo que sentia.

Ainda estava em choque com os últimos acontecimentos. Não entendia, não conseguia compreender ou aceitar como tinha ido parar na cama com Paola. Lembrando-me do sorriso satisfeito dela ao dizer que Dulce tinha estado no hotel, como a tinha recebido e as coisas que tinha dito pra ela, sentia meu corpo percorrido por tremores de puro pavor.

Tentei me concentrar no que a Dulce devia estar pensando e sentindo, no que precisava dizer para tranquilizá-la, garantir que aquela mulher odiosa nada significava para mim. Precisava lhe dizer que nada tinha acontecido, absolutamente nada! Nada? Rangi os dentes ao pensar nisso.

Esse era o grande problema, não tinha certeza do que havia ou não acontecido. E diante de todas as evidências, como podia dizer com segurança que era inocente? Estava muito inseguro. Como poderia olhar em seus olhos e confirmar que não havia lhe traído?

Droga! - pensei angustiado. - Em que confusão fui me meter! Cheguei a Londres quase na metade do tempo que normalmente faria. Ao entrar no meu bairro e avistar minha casa, meu coração disparou novamente. Não sabia como seria recebido, nem se era esperado. Mas precisava enfrentar aquilo, não tinha como fugir.

Parei a moto na calçada, retirei o capacete e respirei fundo tentando organizar meus pensamentos, controlar minhas emoções. Fitei a porta de entrada por alguns segundos antes de retirar a chave do bolso. Enfiei na fechadura e a chave não girou. Tentei novamente e nada aconteceu.

A chave continuava na mesma posição. Olhei para me certificar de que usava a chave correta. Frente ao meu nervosismo, talvez tivesse confundido. Não, era aquela mesmo. Franzi a testa achando muito estranho. Fui para a porta dos fundos e tentei abri-la. Também não obtive sucesso.

Frustrado, voltei para a porta da frente e bati com o punho fechado. Nada aconteceu. Alguma coisa estava errada e um mau pressentimento me invadiu. Bati novamente, agora com mais força. Pouco depois ouvi passos se aproximando e respirei, aliviado.

A porta finalmente foi aberta e meu pai apareceu. Então soube que estava encrencado, e muito. Era evidente a frieza em seu olhar, quase desprezo. Dei um passo na esperança de entrar, mas ele me barrou.

- Aguarde aqui um momento - papai disse seco, voltando a fechar porta.

Coloquei a mão na cintura impaciente, tentando entender que reação era aquela. Logo em seguida, a porta foi aberta novamente. O que vi me fez gelar o sangue nas veias. Ele trazia com dificuldade uma mala enorme, que parecia abarrotada, e o meu violão, colocando-os à minha frente.

- Aqui estão suas coisas, ou pelo menos a maior parte delas. - declarou com firmeza. - Quero que saiba que a partir de hoje você não é mais bem-vindo nesta casa.

- O... o quê? - perguntei aturdido. - Pai, o senhor não pode estar falando sério!

- Sim, rapaz! Estou falando muito sério! - confirmou categórico. - Todas as fechaduras desta casa foram trocadas, você não terá mais acesso até que eu permita!

- Mas isso não é justo! - exclamei revoltado.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora