Cap.127: Você não lembra?

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Seu olhar e sorriso amistosos acabaram por me convencer. Estava tão feliz com os recentes acontecimentos em minha vida, que achei que uma pequena comemoração não faria mal.

Além disso, seria uma boa maneira de mostrar à Paola que os fatos daquela semana eram página virada e não guardava ressentimento. Não querendo ser deselegante, ofereci-lhe o braço, que ela aceitou com um grande sorriso. Estávamos muito bem humorados.

Ocupamos uma mesa no bar do hotel e a conversa interessante que se seguiu foi regada a vinho, brincadeiras, boas risadas e um brinde ao sucesso da noite. Fácil perder a noção do tempo quando estamos tão descontraídos.

Fiquei surpreso ao perceber o quanto ela era resistente ao álcool, acostumado a sair com Dulce, que era tão comedida nesse aspecto. Estranhava ter ao meu lado uma mulher que se excedia com tanta facilidade.

Desse ponto em diante as lembranças começavam a ficar nebulosas, lembro de rir bastante e de Paola perguntar se eu estava bem. Sentia-me relaxado, quase flutuando e estranhamente eufórico. Algumas imagens confusas atravessavam minha mente.

Cenas saindo do restaurante apoiado na Paola e parado em frente à porta do meu quarto sem conseguir acertar a chave na fechadura. Lembrava também da risada dela ao retirar a chave de minhas mãos e abrir a porta com facilidade.

Desse ponto em diante nada, absolutamente nada. Enquanto passava xampu em meus cabelos, esforçava-me por lembrar qualquer outro detalhe. Mas nada me vinha. Frustrado, acabei o banho e comecei a me enxugar.

Será que fiz o que penso que fiz? - perguntei-me angustiado. Enrolei a toalha à cintura e voltei para o quarto disposto a tirar essa história à limpo de uma vez por todas.

Mas qual não foi minha surpresa ao vê-la de pé, falando ao telefone, vestindo uma de minhas camisetas e parecendo completamente à vontade com a situação.

- Bom que voltou! - exclamou alegre, assim que desligou. - Acabei de pedir nosso café da manhã. Não estava muito certa sobre o que você gosta, então escolhi um pouco de tudo.

Continuei olhando para ela sem acreditar que aquilo pudesse estar acontecendo.

- Se não se importa, acho que vou tomar um banho também antes que chegue nosso desjejum, embora seja quase hora do almoço. - e ao dizer isso se aproximou e me segurou pela cintura. - Ia te convidar pra tomarmos banho juntos, mas já que você se antecipou, pode ficar pra próxima!

Não suportava mais aquilo, me afastei dela, empurrando-a bruscamente.

- Ei! - reclamou zangada. - O que você tem?

- Paola, preciso que me responda uma coisa e quero que diga a verdade. - exigi muito sério.

- O que quer saber? - perguntou irritada, passando a mão pelos cabelos.

- Como você veio parar aqui?

- Você não lembra? - falou desconfiada e estreitando os olhos.

- Não estaria perguntando se lembrasse! - respondi impaciente.

- Ontem você ficou meio alto com a bebida e tive que ajudá-lo a voltar para o quarto. - informou enquanto ajeitava sua franja com a mão.

- E como você continuou o restante da noite aqui?

- Você também não se lembra disso? - replicou com ar surpreso.

Mas nem me preocupei em respondê-la, apenas continuei olhando para ela irritado.

- Tá bom, tá bom, já entendi! Nossa! Você realmente é mal humorado pela manhã! - comentou rápido. - Depois que o ajudei a entrar, você sentou ali na cama, dizendo que precisava de ajuda para desamarrar os sapatos. Abaixei pra ajudá-lo e quando me levantei você... bem...
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Que raiva da Paola.😠😠
Não precisamos nem nos preocupar com a inocência do Christopher, sabemos que a culpada é a "naja".

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora