Cap.8: Dá uma chance?

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— Como... Como sabe que ele me atraiu?

— Eu sabia! — respondeu triunfante, fazendo um gesto vitorioso com as mãos. — Sabia que, mesmo aí dentro dessa cabeça desmemoriada, você ficaria vidrada pelo Christopher assim que olhasse pra ele!

— Anahí, que é isso! — reclamei horrorizada. — Também não exagere! Foi uma simples atração, uma fagulha, ok?

— Ok, ok! — assentiu erguendo as mãos e rindo. — Mas, pode acreditar, com o tempo, essa fagulha vai virar uma fornalha!

— Para, Any! — pedi ainda mais apavorada. — Isso não tem graça!

— Desculpe! — falou com sinceridade. — É que chega a ser engraçado ouvir você falar toda encabulada de uma “simples atração” pelo Christopher, sabendo que vocês já estiveram tantas vezes juntos, como, por exemplo, uma semana de lua de mel, tão quente que quase puseram fogo na casa em que estavam.

— Lua de mel quente? Fogo na casa? — quase pirei ouvindo aquilo. — Eu e ele, já...

— Fala sério, Dulce! — contrapôs revirando os olhos. — Claro que já! Vocês são jovens, saudáveis, casados e completamente apaixonados um pelo outro. O que mais vocês fariam, e muito, numa lua de mel?

— Ai, Anahí! Eu não me lembro de nada, paixão, casamento, lua de mel, fazer... fazer... amor com ele, do quanto fizemos, se foi bom, se não foi. O que eu faço? — cobri o rosto com as mãos, chorando descontroladamente.

Anahí sentou ao meu lado, abraçou-me e ficou um bom tempo em silêncio, apenas me consolando.

—Dul. — falou quando me acalmei um pouco. — Compreendo o seu medo, os seus receios, a sua surpresa. Mas quero que saiba que o Christopher está tão ou até mais apavorado que você. Ele vem sofrendo há dias, na esperança de que você possa se lembrar de um sentimento que é muito vivo em seu coração, na esperança de que você possa voltar a querê-lo como ele te quer, na esperança de que você volte a amá-lo, como ele ama você.

Olhei pra Anahí surpresa. Aquelas palavras calaram fundo em meu coração. Eu não tinha parado pra pensar por aquele ponto de vista. Refletindo um pouco melhor, comecei a achar minha atitude com o Christopher fria e egoísta. Claro que eu estava sofrendo, mas não sofria sozinha. Se tudo aquilo que Anahí disse era verdade, ele era tão vítima quanto eu nessa história.

— O que faço agora, Any? — perguntei sentindo-me miserável.

— Faça o que seu coração mandar. — aconselhou. — Quando não sabemos o que fazer, devemos ouvir atentamente o nosso coração e ter coragem para fazer o que ele quer. Você não vai errar.

— Mesmo quando se trata de um coração cego como o meu?

— Sim, mesmo um coração que você pensa ser cego, como o seu. — respondeu sorrindo. — Porque, na verdade ele não está cego, só está paralisado pelo medo. Mas um dia isso passa. Você vai ver.

— Você é uma amiga incrível, sabia? — exaltei abraçando-a. — O que eu faria sem você?

Ela não respondeu, apenas abraçou-me carinhosamente.

— Posso te pedir uma coisa? — perguntou.

— Qualquer coisa. — respondi com sinceridade.

Ela se afastou um pouco, segurou minhas mãos e olhou-me nos olhos.

— Seja boa com o Christopher. Ele te ama muito. Dê uma chance a ele. Conversem com calma e procure ouvi-lo. Pode fazer isso por mim?

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora