Cap.13: Um acordo

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- Era também onde nos amávamos, onde nossas roupas voavam, onde seu corpo se encostava ao meu numa entrega doce e exigente; onde cada toque era um passo rumo ao paraíso, onde cada sussurro seu era música, onde sua pele era...

- Pare! - pediu nervosa. - Por favor, pare!

Vi medo e vergonha em seu olhar.

- Desculpe, não queria constrangê-la. - passei as mãos pelo cabelo, nervoso. - Mas essas lembranças estão muito vivas em mim.

Ficamos um tempo em silêncio, olhando para nossos pés, perturbados com a minha última confissão.

- Está tudo bem. - admitiu mais calma. - Eu sei que você estava apenas sendo sincero. É que certas coisas são inacreditáveis pra mim. - depois percebi seu olhar se suavizar. - Realmente quero entendê-lo, quero entender o que a gente significou um para o outro.

- Significou? - perguntei cheio de mágoa. - Você significa tudo pra mim, Dulce! - disse pondo-me de pé.

- De-desculpe! - gaguejou, também se erguendo. - Não quero magoá-lo, não mesmo! Mas, por favor, entenda que não posso oferecer mais do que amizade, uma profunda e sincera amizade.

- Amizade? - perguntei ríspido. - Depois de tudo que te contei, acredita mesmo que vou conseguir me contentar com amizade?

Ela passou a língua pelos lábios nervosamente.

- Se você me ama como diz amar, sei que poderá entender e aceitar minhas condições. - respondeu tensa.

- Você não sente nada por mim? - perguntei amargo. - Nada? Por favor, seja sincera como fui com você!

Ela abaixou a cabeça, torcendo as mãos. Olhou-me parecendo um pouco embaraçada.

- Sinto carinho por você. - falou por fim. - E não vou mentir, sinto também atração. Afinal, você não é de se jogar fora. - não tive como não sorrir um pouco - Mas para por aí! - alertou, vendo o brilho voltar aos meus olhos. - Então, por favor, será que não podemos começar como amigos, melhores amigos? - ergueu o braço, estendendo a mão como para selar um acordo.

Olhei a mão estendida à minha frente e minha vontade era segurá-la, puxando-a para mim. Mas tinha que ser firme. Tinha prometido não tocá-la, a menos que pedisse. Foi muito a contragosto que ergui minha mão apertando a sua. E a vi sorrir aliviada.

- Amigos. - aceitei enquanto sacudíamos as mãos. - Por enquanto. - então o sorriso sumiu do seu rosto e ela soltou rapidamente a minha mão. - Concordo com seu pedido, mas tenho um a fazer.

- Qual?

- Não me exclua da sua vida. - pedi. - Faça-me parte dela tanto quanto possível. Pode fazer isso por mim?

Ela pareceu pensar, provavelmente imaginando as consequências dessa promessa.

- É um pedido razoável. - cedeu de forma ponderada. - Tudo bem, aceito.

- Ótimo! - vibrei alegre e aliviado.

Mais Que Irmãos - 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora